Policial pega prisão pérpetua por estuprar vítimas em série e as escravizar
A Justiça inglesa condenou hoje um ex-policial de Londres à prisão perpétua por uma série de estupros ocorridos ao longo de 17 anos, e ele não poderá solicitar liberdade condicional antes de cumprir 30 anos e 239 dias de reclusão. Ele já estava preso desde outubro de 2021.
David Carrick, de 48 anos, se declarou culpado por 49 acusações, das quais 24 são estupros contra 12 mulheres. Como alguns crimes eram continuados, a Justiça concluiu que ele foi responsável por 71 casos de ofensas sexuais graves.
Você se comportou como se fosse intocável, acreditando que nenhuma vítima iria superar a vergonha e medo para denunciá-lo" Bobbie Cheema-Grubbm juíza que condenou o ex-policial
Durante seus anos na corporação, David atuou em uma unidade especial de proteção a parlamentares e diplomatas estrangeiros. Segundo a juíza, o ex-policial usou sua posição para ganhar a confiança de suas vítimas, algumas delas sendo estupradas por meses ou mesmo anos.
A promotoria revelou, ao longo do julgamento, que diversas mulheres dizem não mais confiar na polícia devido às agressões "sistemáticas" cometidas por David. Algumas das vítimas estavam em relacionamentos com o homem, enquanto outras eram mulheres que ele conheceu socialmente.
Os relatos delas indicam que o ex-policial as chamava de "escravas", controlava a vida financeira delas e as isolava das pessoas próximas. O homem ainda as trancava em um pequeno armário embaixo da escada de sua casa por horas, sem comida.
Ele gostava de humilhá-las e usava sua posição profissional para deixar claro para elas que era inútil procurar ajuda porque ninguém acreditaria nelas"
Iain Moor, inspetor-chefe da polícia de Londres
O escândalo surge na esteira de outros casos de violência contra mulheres envolvendo oficiais da Scotland Yard, a polícia londrina. Em 2021, outro caso abalou a confiança na instituição. Sarah Everard, de 33 anos, foi estuprada e assassinada por Wayne Couzens, de 48 anos, um também policial que foi condenado meses depois à prisão perpétua.
*Com informações da AFP e RFI
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