'Sinal verde para o inferno': a onda de massacre e sequestro no Haiti
Sequestros, estupros, assassinatos, tiroteios, todos os tipos de crimes têm se tornado rotina no Haiti.
De acordo com o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, atualmente os grupos armados controlam quase toda a capital haitiana, Porto Príncipe. A Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos calcula que pelo menos 60 pessoas foram mortas, só na semana passada, em confrontos entre gangues rivais na cidade.
É como se tivéssemos dado sinal verde ou pisado fundo no acelerador para fazer desse país um inferno. Digo francamente: os primeiros responsáveis pela crise atual são claramente os haitianos que, por seus interesses mesquinhos, não conseguem chegar a um acordo, mesmo sobre um tema tão urgente como a insegurança, isso é claro.
Jean William Pape, médico membro do comitê científico da OMS e fundador da Gheskio, ONG que atua no país, a nação da América Central.
"A comunidade internacional, porém, também tem muita responsabilidade, pois essa deterioração ocorreu diante de seus olhos. Fala-se da Ucrânia, do terremoto na Turquia, mas está acontecendo um genocídio aqui e estamos deixando a situação apodrecer."
Sequestros
Há uma situação completamente desesperadora no Haiti. Não temos mais governo, não temos mais Estado, a situação de insegurança está piorando a cada dia, vemos que afeta cada vez mais setores da sociedade, as crianças não podem ir à escola, não há um único grupo da sociedade que não tenha casos de sequestro, médicos em particular.
Acho que são mais de dez sequestrados desde o início do ano: os padres são sequestrados, os professores são sequestrados, os pequenos comerciantes de rua são sequestrados. Então, é um fenômeno do qual ninguém escapa. Este é um grito de alerta e que deveria ter sido lançado há muitos meses.
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