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Mala de dinheiro, Bin Laden e mais: as polêmicas da vida do rei Charles

O príncipe Harry, príncipe William e rei Charles. Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

03/05/2023 04h00

O rei Charles 3º será coroado no próximo sábado (6), oito meses depois da morte da rainha Elizabeth 2ª. Aos 74, Charles chega ao trono colecionando polêmicas na vida pública.

De cartas enviadas a ministros do governo do Reino Unido fazendo petições até recebimento de milhões de dólares em dinheiro do primeiro-ministro do Qatar, o sucessor ao trono já virou manchete diversas vezes por se envolver em polêmicas. Relembre:

Traição: o casamento entre Charles e Diana foi marcado por desavenças públicas e escândalos. Durante anos, Camilla (agora rainha consorte) foi apontada como um dos motivos da separação entre Charles e Diana, algo que a própria Lady Di apontou na biografia "Diana: Her True Story", de Andrew Morton, publicada pela primeira vez em 1992.

Memorandos do Aranha Negra: entre 2004 e 2005, Charles enviou aos ministros de sete departamentos governamentais do Reino Unido cartas nas quais fazia petições sobre assuntos que iam desde a guerra do Iraque a terapias alternativas. O esconderijo desses memorandos secretos foi divulgado após uma batalha de 10 anos pelo Guardian. Foram encontradas 27 cartas, sendo 10 de Charles.

Aperto de mão com Robert Mugabe: Charles apertou a mão do então presidente do Zimbábue Robert Mugabe no funeral do Papa João Paulo 2º, em 2005. O incidente não foi bem-visto, uma vez que a União Europeia impôs sanções contra o regime de Mugabe devido a alegações de violações dos direitos humanos.

Paradise Papers: em 2007, Charles fez campanha para alterar os acordos sobre mudanças climáticas sem revelar que sua propriedade privada, o Ducado da Cornualha, investiu milhões de libras em uma empresa offshore para mudar acordos climáticos, mostram os documentos vazados do Paradise Papers, lembra a BBC.

Fuligem: em 2009, foi revelado que Charles chamou seu amigo Kolin Dhillon, um empresário britânico asiático, de "Sooty" (fuligem, em tradução livre). No entanto, Dhillon defendeu Charles contra as acusações de racismo, dizendo que o apelido era um "termo de carinho".

Doação de caridade da família de Osama Bin Laden: em 2013, Charles aceitou uma doação de £1 milhão de dois meios-irmãos de Osama Bin Laden, dois anos após a morte do líder da Al-Qaeda, para Fundo de Caridade do Príncipe de Gales (PWCF). Segundo a BBC, Bin Laden foi deserdado por sua família em 1994 e não há indícios de que seus meios-irmãos tivessem ligações com suas atividades.

Mala de dinheiro de político do Qatar: segundo relatório do Sunday Times, Charles teria recebido 3 milhões de libras durante reuniões com o Sheikh Hamad bin Jassim bin Jaber al-Thani, ex-primeiro-ministro do Qatar, em 2015. O dinheiro foi passado imediatamente para o Fundo de Caridade do Príncipe de Gales (PWCF), uma das instituições de caridade do Príncipe de Gales, disse a Clarence House.

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