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Pesquisas colocavam Villavicencio entre 2º e 5º; veja candidatos no Equador

Do UOL, em São Paulo

10/08/2023 10h48

Assassinado a 11 dias das eleições presidenciais no Equador, marcadas para o dia 20 de agosto, o candidato Fernando Villavicencio aparecia entre 2º e 5º lugar nas pesquisas, a depender do instituto. A facção criminosa Los Lobos reivindicou o ataque que deixou nove pessoas feridas. Seis suspeitos foram presos.

O que dizem as pesquisas:

Além de Villavicencio, que era jornalista e ex-deputado, outros sete candidatos disputam o cargo. São eles: o líder indígena Yaku Pérez; o ex-deputado Daniel Noboa; a ex-deputada Luisa González; o economista Jan Topic; o ex-vice-presidente Otto Sonnenholzner; o advogado Bolívar Armijos; e o empresário Xavier Hervas.

Todos os institutos de pesquisa são unânimes em apontar Luisa González em primeiro lugar. Ela é filiada ao Movimento Revolução Cidadã, partido do ex-presidente Rafael Correa. A depender do levantamento, a candidata aparece com entre 26,23% e 30,5% das intenções de voto.

Villavicencio aparecia em segundo lugar na pesquisa realizada pela Cedatos. No levantamento realizado em 20 de julho, ele tinha 13,2% das intenções de voto, atrás de González e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).

Já outros levantamentos colocavam o candidato com menos vantagem. Na pesquisa ClickReport do último final de semana ele aparecia na quinta colocação, com 7,52%. Na Telcodata, realizada entre 3 e 5 de agosto, Villavicencio tinha 6,8% das intenções de voto, em quarto lugar. No levantamento da empresa Numma, do fim de julho, o jornalista também aparecia em quarto, com 8,72%.

A Constituição determina que, para um candidato a presidente vencer no primeiro turno, ele deve ter metade mais um dos votos válidos, ou atingir 40% destes com uma diferença de 10 pontos percentuais com o segundo candidato. De acordo com o Código da Democracia, as pesquisas de intenção de voto podem ser divulgadas até dez dias antes da data da eleição, ou seja, até hoje.

Pesquisa Cedatos (20 de julho)

  1. Luisa González: 26,6%
  2. Fernando Villavicencio: 13,2%
  3. Yaku Pérez: 12,5%
  4. Otto Sonnenholzner: 7,5%
  5. Xavier Hervas: 6%
  6. Jan Topic: 4,4%
  7. Daniel Noboa: 3,2%
  8. Bolívar Armijos: 0,5%
  • Nulo: 16,1%
  • Branco: 2,6%
  • Não sabe/não respondeu: 7,6%

Pesquisa Click Report (5 e 6 de agosto)

  1. Luisa González: 29,26%
  2. Yaku Pérez: 14,42%
  3. Otto Sonnenholzner: 12,36%
  4. Jan Topic: 9,6%
  5. Fernando Villavicencio: 7,52%
  • Noboa, Hervas e Amirjos somavam, juntos, 6,76%
  • Nulos: 16,86%
  • Brancos: 3,21 %

Pesquisa Telcodata (3 e 5 de agosto)

  1. Luisa González: 30,5%
  2. Jan Topic: 13,1%
  3. Yaku Pérez: 7,7%
  4. Fernando Villavicencio: 6,8%
  5. Otto Sonnenholzner: 6,5%
  6. Daniel Noboa: 2%
  7. Xavier Hervas: 1,6%
  8. Bolívar Armijos: 0,2%
  • Brancos e nulos: 7,6%
  • Não sabem/não responderam: 23,8%

Pesquisa Numma (26 a 30 de julho)

  1. Luisa González: 26,23%
  2. Otto Sonnenholzner: 13,88%
  3. Yaku Pérez: 11,17%
  4. Fernando Villavicencio: 8,72%
  5. Jan Topic: 4,84%
  6. Daniel Noboa: 4,09%
  7. Xavier Hervas: 3,94%
  8. Bolívar Armijos: 1,47%
  • Nulos: 16,13%
  • Não sabem/não responderam: 9,54%

Quem era Villavicencio

Candidato da centro-direita, ele era filiado ao partido Movimento Construye. Villavicencio se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores. Ele foi casado com Verónica Sarauz, com quem teve cinco filhos.

Villavicencio denunciou casos de corrupção como jornalista e político. No jornalismo, ele investigou casos de corrupção, inclusive a venda de petróleo do Equador para a China e a Tailândia.

Ele foi uma das vozes mais críticas contra a corrupção, especialmente durante o governo Correa, de 2007 a 2017. Foi condenado a 18 meses de prisão por difamação por declarações feitas contra o ex-presidente.

Na época, ele fugiu para um território indígena no Equador e depois recebeu asilo no Peru.

Como legislador, Villavicencio foi criticado por políticos da oposição por obstruir um processo de impeachment neste ano contra Lasso, que levou o presidente a convocar eleições antecipadas.

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