Candidato provocou criminosos antes de morte no Equador: 'Que venham tiros'
Um vídeo do candidato Fernando Villavicencio citando ameaças e desafiando traficantes e milicianos foi publicado na página do político horas antes do assassinato dele na cidade de Quito.
O que o vídeo mostra?
As imagens, do trecho de um comício feito por ele na cidade de Chone, mostram o candidato falando sobre as ameaças sofridas ao longo da campanha.
Ele cita a candidata Luisa González, que afirmou que "ninguém o queria" na cidade, e diz que os moradores de Chone estão "no coração" dele.
Villavicencio também diz que não precisa de colete a prova de balas, pois tem "o povo" para protegê-lo.
Disseram que eu precisava usar um colete a prova de balas, mas eu estou aqui, de camisa suada. Vocês são meu colete a prova de balas. [...] Me ameaçaram. Estou aqui. Que venham os chefes do tráfico, que venham os atiradores, que venham os milicianos. O tempo das ameaças acabou. Eu estou aqui. Podem me dobrar, mas nunca vão me quebrar.
Fernando Villavicencio, em comício na cidade de Chone
Na madrugada de hoje, a facção criminosa Los Lobos publicou um vídeo nas redes sociais reivindicando o ataque que matou o candidato.
Villavicencio foi morto durante campanha
Villavicencio foi assassinado após sair de um encontro político na cidade de Quito. Ele chegou a ser socorrido para a Clínica da Mulher, hospital mais próximo do local do crime, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro de saúde.
Um dos suspeitos de efetuar os disparos foi morto depois de uma troca de tiros com a polícia, diz o Ministério Público. Outros seis suspeitos de envolvimento no crime foram presos.
Ao menos 9 pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo uma candidata à deputada e dois policiais, segundo o Ministério Público, que acompanha as investigações do caso. Sete feridos estão internados na mesma clínica para onde o presidenciável foi socorrido.
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