Villavicencio, morto no Equador, andava com escolta policial após ameaças
Fernando Villavicencio, assassinado a tiros na saída de um comício eleitoral em Quito, no Equador, estava sob proteção policial.
O que aconteceu:
Villavicencio andava sob escolta policial após ser ameaçado por um suposto narcotraficante. Na semana passada, ele denunciou duas vezes que ele e sua equipe de campanha foram intimidados por um líder da facção Los Choneros.
Ele chegou a dizer na rede social X (antigo Twitter) que continuaria "lutando pelo bravo povo do Equador" apesar das ameaças.
Na tarde de ontem, Villavicencio caminhava até seu carro quando vários tiros foram disparados em sua direção. Ele estava cercado por pessoas de sua equipe, mas foi atingido por três tiros na cabeça.
Carlos Figueroa, um amigo de Villavicencio que o acompanhava no momento do ataque, falou em uma "emboscada". Era a primeira vez que Villavicencio disputava a presidência do Equador.
A facção equatoriana Los Lobos assumiu a autoria do ataque, mas autoridades ainda não vinculam o grupo ao assassinato. Em vídeo publicado nas redes sociais, Los Lobos também ameaçam o presidenciável Jan Topic.
Até o momento, seis pessoas suspeitas por envolvimento no assassinato de Villavicencio foram presas. Um suspeito foi morto após trocar tiros com a policial, anunciou o Ministério Público.
Geralmente fazíamos [comícios] em locais fechados justamente pelo perigo que corria. Após 30 segundos que ele passou pela porta de entrada, começam os disparos, foram muitos disparos.
Carlos Figueroa
Não entendemos onde estava a polícia, onde estava a escolta policial. Vivemos um filme de terror.
Galo Valencia, tio de Villavicencio
Villavicencio era jornalista e afiliado ao partido Movimento Construye. Ele se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores.
A eleição equatoriana foi mantida para o dia 20 de agosto.
*Com informações de AFP
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