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Los Lobos: quem lidera e como age facção que diz ter matado Villavicencio

Colaboração para o UOL

10/08/2023 09h49Atualizada em 10/08/2023 15h43

A facção criminosa Los Lobos reivindicou o ataque que matou Fernando Villavicencio, candidato à presidência no Equador. O grupo, que é considerado a segunda maior facção do país, tem envolvimento com o tráfico internacional de cocaína e estaria ligado ao cartel mexicano.

Saiba mais sobre Los Lobos:

É considerada a segunda maior facção criminosa do Equador, com 8 mil membros, e é dissidente da facção Los Choneros, de acordo com a BBC.

Por um tempo, a facção teria agido em conjunto com outros grupos além do próprio Los Choneros, como o Chone Killers e o Los Tiguerones. Segundo o Huffington Post, esse equilíbrio acabou em dezembro de 2020, quando o líder da facção Los Choneros morreu.

Tem envolvimento com tráfico internacional de cocaína e estaria ligado ao Cartel de Jalisco Nova Geração, uma facção mexicana que, além das drogas, também se dedica ao tráfico de armas. Além disso, também seria ativa na mineração ilegal no país, segundo o o jornal colombiano El Tiempo.

Foi identificado em quase todas as províncias do Equador, mas suas bases de atuação seriam Guayaquil e Quevedo.

Também é considerado pelas autoridades equatorianas como um dos responsáveis pelo aumento da violência nas ruas e nas prisões, conforme publicado pelo jornal espanhol ABC. Desde 2020, aconteceram uma série de massacres e enfrentamentos entre facções rivais que disputam o controle interno das prisões e também das rotas por onde o narcotráfico envia drogas, especialmente cocaína, aos Estados Unidos e países da Europa.

Segundo o El Tiempo, o grupo foi responsável por introduzir no país táticas criminais até então pouco comuns, como rebeliões prisionais extremamente violentas, a normalização dos sicários (termo usado para identificar os assassinos que trabalham para os cartéis), a utilização de explosivos em veículos, ataques contra as forças policiais e a exibição de corpos como um tipo de "advertência".

O líder do grupo era Wilmer Chavarría, de acordo com o site equatoriano GK. No entanto, a polícia do país acredita que ele esteja morto e que agora quem lidera a facção é Esteban, filho da companheira de Chavarría.

Outro dos líderes seria Alexander "Ariel" Quezada, que já foi preso por tráfico de drogas. Ele foi condenado a cinco anos de prisão, mas em dezembro ganhou da Justiça o direito de ficar em liberdade.

O que aconteceu:

Villavicencio foi assassinado depois de sair de um encontro político na cidade de Quito. Ele chegou a ser socorrido para a Clínica da Mulher, hospital mais próximo do local do crime, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro de saúde.

Em vídeo publicado na rede social X (antigo Twitter), um grupo de homens encapuzados e armados, dizendo ser o Los Lobos, assume a responsabilidade pela morte de Villavicencio. Eles também ameaçam outros políticos, inclusive o presidenciável Jan Topic.

Um dos suspeitos de efetuar os disparos foi morto depois de uma troca de tiros com a polícia, diz o Ministério Público. Outros seis suspeitos de envolvimento no crime foram presos.

Ao menos 9 pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo uma candidata à deputada e dois policiais, segundo o Ministério Público, que acompanha as investigações do caso. Sete feridos estão internados na mesma clínica para onde o presidenciável foi socorrido.

Autoridades ainda não vinculam oficialmente o assassinato de Villavicencio à facção Los Lobos. Na semana passada, Villavicencio declarou que recebeu ameaças da facção Los Choneros.

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