Conteúdo publicado há 10 meses

Morte de Villavicencio deve beneficiar a direita no Equador, diz professor

Em entrevista ao UOL News, o professor de relações internacionais da FGV Vinícius Rodrigues Vieira avaliou que o assassinato do candidato Fernando Villavicencio deve beneficiar a direita na eleição presidencial no Equador.

O cenário ainda é muito obscuro, mas com base no que temos, tudo indica ser um crime do tráfico, mas com claros propósitos políticos. Com esse atentado, o crime organizado vira um ator político relevante porque isso será capaz de influenciar a eleição. (..) Villavicencio tinha uma postura que flerta com o antissistema. Ainda que ficasse em uma coisa meio amorfa, no fundo ele fala mais com o eleitor de direita e aquele que tem preocupação com a segurança pública. Vinícius Rodrigues Vieira, professor de relações internacionais da FGV

Vieira repudiou as declarações de Sergio Moro e Eduardo Bolsonaro sobre o crime quando insinuam haver um envolvimento da esquerda. O professor afirmou que associar automaticamente qualquer grupo político ao crime organizado "não parece ser sustentável" e explicou que pode haver ligações tanto com políticos de esquerda ou de direita.

Tanto Moro, mas sobretudo Eduardo Bolsonaro, estão brincando de maneira um pouco imprópria com esse fantasma de que a esquerda na América Latina seria apoiadora do crime organizado e tentam mobilizar seu eleitorado com uma associação indevida. Quem mais se beneficiaria com esse crime no Equador? Não seria tanto a esquerda, que tem dois candidatos à frente. O crime tende a beneficiar os candidatos de direita. Vinícius Rodrigues Vieira, professor de relações internacionais da FGV

Análise: Villavicencio concorria em plataforma anticrime e foi alvo de quem pretendia denunciar

Ao traçar um perfil de Villavicencio, Vieira destacou a atuação do presidenciável como jornalista, com denúncias sobre o narcotráfico no Equador. O professor explicou que o candidato se aproximou da direita ao usar a segurança pública como seu lema, mas acabou como vítima do crime organizado.

Villaveicencio era um candidato que denunciou o narcotráfico. Tinha grande destaque no debate público por seu papel como jornalista e virou alvo daqueles que ele ambicionava denunciar. Estava concorrendo em uma plataforma anticrime, que acaba seduzindo muitos eleitores com um discurso mais à direita. É um recado para o restante da América Latina sobre até que ponto o crime organizado pode fazer o poder público ficar de joelhos. Vinícius Rodrigues Vieira, professor de relações internacionais da FGV

Quaest: Centro tem 'carência', mas há espaço para negociar e passar agenda

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O diretor da Quaest Felipe Nunes avaliou que os deputados federais do centro cobram uma atenção maior por parte de Lula, mas se mostram propensos a negociar a aprovação de projetos de governo. A análise foi feita a partir da nova pesquisa sobre a avaliação do petista, feita pelo órgão.

Os deputados estão 'carentes' e demandando atenção. Para quase 70% dos deputados, o governo deveria dar mais atenção a eles. Apesar dessa demanda por atenção não significa necessariamente que o governo terá dificuldade no plenário. Quase 60% dos deputados disseram que as chances de o governo aprovar sua agenda são altas. Felipe Nunes, diretor da Quaest

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