Tiroteio interrompe evento político de candidato à presidência do Equador
Do UOL, em São Paulo
17/08/2023 18h22
Um tiroteio foi registrado hoje durante um ato de campanha do candidato à presidência do Equador Daniel Noboa.
O que aconteceu:
Noboa não foi atingido pelos disparos. Ele participava de encontro político no encerramento de sua campanha, na cidade de Durán.
O candidato escreveu nas redes sociais que todos "escaparam ilesos". "Acabaram de atacar a caravana em que viajávamos em Durán, graças a Deus escapamos ilesos. A intimidação e o medo não têm lugar no país que amamos e pelo qual estamos empenhados em mudar de vez".
Ele disse ainda que deve continuar hoje a caravana de encerramento na cidade portuária de Guayaquil. "Nos cuidando mas com muita fé, otimismo e determinação. Obrigado por suas mensagens e nos encorajam a continuar", publicou Noboa.
A equipe de comunicação do presidenciável informou ao jornal Extra que Noboa está bem.
Eles também informaram que o candidato circulava pelo centro de Durán quando todos ouviram os disparos. Eles teriam se agachado e os seguranças do candidato o retiraram do local.
Ministro do Interior, Juan Zapata informou que o tiroteio não deve ser considerado um atentado ao presidenciável. "Diante das informações que circulam nas redes sociais, informamos ao público que está descartado um ataque armado ao candidato presidencial Daniel Noboa", publicou nas redes sociais.
Noboa usa colete à prova de balas nos eventos políticos e possui segurança privada, de acordo o jornal local El Universo.
Os candidatos que disputam a presidência do Equador realizaram eventos de encerramento de campanha nesta quinta-feira (17), antes da votação marcada para o próximo domingo (20), em que mais de 13 milhões de equatorianos devem eleger um substituto para o presidente conservador Guillermo Lasso, que convocou eleições antecipadas para interromper um processo de impeachment contra ele.
Eleições conturbadas
A insegurança no Equador se tornou trágica na semana passada, quando Villavicencio, 59, ex-jornalista investigativo e parlamentar, foi morto a tiros enquanto saía de um evento de campanha.
Villavicencio foi baleado na cabeça depois de sair de um encontro político na cidade de Quito. O médico Carlos Figueroa, amigo do candidato e que estava com ele no momento do ataque, relatou à imprensa que houve cerca de 30 disparos durante o atentado.
Candidato pelo Movimento Construye, ele foi morto por volta das 18h20 do horário local. O candidato chegou a ser socorrido para a Clínica da Mulher, hospital mais próximo do local do crime, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro de saúde.
O ataque ocorreu no Colégio Anderson, no centro-norte de Quito. Villavicencio era um dos oito candidatos das eleições presidenciais que ocorrerão no dia 20 de agosto no Equador, país que enfrenta um aumento da violência relacionada ao tráfico de drogas.
Na última segunda-feira (14), o dirigente político do Equador Pedro Briones foi assassinado a tiros.
Dois homens em uma moto atiraram contra Briones, que estava em casa no momento do crime, informou o El Universo. Ele era líder da Revolução Cidadã RC5 em Esmeraldas, cidade portuária do Equador.
Familiares e vizinhos socorreram o dirigente ao hospital, mas ele não resistiu aos ferimentos. Segundo a unidade de saúde, ele foi baleado duas vezes no pescoço.