Israel ataca 200 alvos em Gaza; mais de 70 pessoas morrem em bombardeios
Robson Santos
Do UOL, em São Paulo
17/10/2023 03h31Atualizada em 17/10/2023 08h27
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmam ter realizado hoje ataques aéreos contra 200 alvos do Hamas e da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza. O total de mortos dos dois lados desde o começo da guerra passa dos 4.000.
O que aconteceu
Os alvos bombardeados pelos aviões militares de Israel incluem uma sede onde membros do Hamas foram mortos e um banco usado pelo grupo extremista, de acordo com a IDF.
Até o momento, 71 mortes foram após os bombardeios realizados por tropas de Israel no sul da Faixa de Gaza, segundo o canal de notícias Al Jazeera. Centenas de pessoas também ficaram feridas durante os ataques que atingiram casas em Rafah e Khan Yunis.
As forças israelense acrescentam que navios da Marinha também realizaram ofensivas, inclusive contra centros de comando do Hamas e locais de armazenamento de armas na Cidade de Gaza.
A Defesa de Israel afirma ter matado quatro homens que tentavam cruzar a fronteira do Líbano e plantar um dispositivo explosivo. Os militares dizem que a célula foi identificada e atingida por um drone.
Segundo o governo palestino, a guerra deixou 2.800 mortos e mais de 9.700 feridos em Gaza até o momento. Já na Cisjordânia, território não controlado pelo Hamas, foram 54 mortos e mais de 1.250 feridos, diz a Autoridade Palestina.
Em Israel, segundo o governo, foram mais de 1.400 mortos, a maioria nos atentados de 7 de outubro. O país afirma, ainda, que pelo menos 199 pessoas são reféns do Hamas em Gaza.
Fronteira com Gaza fica fechada
A fronteira da Faixa de Gaza com o Egito permanece fechada. O bloqueio impede a fuga de civis estrangeiros, inclusive cerca de 30 brasileiros, e não permite a chegada de ajuda humanitária ao território palestino.
A crise humanitária se agrava em Gaza. O território, que tem mais de 2 milhões de habitantes, está há mais de uma semana sem receber água, luz e comida, o que tem deteriorado as condições de saúde da população.
A fronteira tem sido mantida fechada por questões de segurança. A região de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, já foi bombardeada mais de uma vez desde o início da guerra.