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Guerra em Israel hoje (18/10): Confira as últimas notícias e vídeos

Hospital de Gaza após ataque Imagem: Reprodução / Grupo Hamas

De UOL em São Paulo

18/10/2023 12h58Atualizada em 18/10/2023 12h58

A guerra em Israel contra o Hamas chegou ao seu 12º dia nesta quarta-feira (18), marcado pelo aumento expressivo de mortes, beirando a marca de 5.000 pessoas. Ainda ontem, um hospital na Faixa de Gaza foi alvo de um ataque que deixou 471 mortos, segundo informações das autoridades locais. O grupo extremista culpou Israel pelo bombardeio, que por sua vez, afirma que o ato ocorreu após ataque mal sucedido do grupo Jihad Islâmica.

Também nesta quarta, Israel anunciou a criação de uma zona humanitária enquanto, ao mesmo tempo, provocou mais destruição em áreas de civis em campos de refugiados.

Ataque a hospital

De acordo com o Ministério da Saúde palestino, 471 pessoas morreram em um bombardeio que atingiu o Hospital Batista Al-Ahly Arab, localizado no centro da cidade de Gaza. A maior parte das vítimas seriam de mulheres e crianças. O Hamas atribuiu a responsabilidade pelo ataque a Israel, classificando como um "genocídio".

As Forças de Defesa de Israel, porém, negaram a acusação e divulgaram a gravação de um foguete que estaria direcionado contra o território israelense, perdendo altitude posteriormente. Logo depois, é possível ver a explosão que atingiu o hospital. A Jihad negou a autoria do ataque.

Uma possível manipulação das imagens foi colocada em xeque, já que os horários não coincidiam com o momento em que o hospital foi atacado. As FDI publicaram outro vídeo, que seria ao vivo e transmitido pela rede de televisão Al Jazeera. As imagens mostram o suposto foguete perdendo altitude, seguido da explosão no hospital.

"Verifique suas próprias imagens antes de acusar Israel. 18:59 - Um foguete direcionado a Israel falhou e explodiu. 18h59 - Um hospital foi atingido em Gaza", escreveram. O bombardeio em Al-Ahly Arab teria acontecido às 19h59, horário local.

Visita de Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden visitou Israel e, durante enconto com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, apontou o "outro lado" como responsável pelo ataque ao Hospital Batista Al-Ahly Arab. "Estou profundamente triste e indignado com a explosão ontem no hospital em Gaza. E com base no que vi, parece que foi feito pela outra equipe, e não por você", comentou.

O chefe de Estado também reafirmou o alinhamento com o governo israelense. "À medida que Israel responde a estes ataques, temos que continuar a garantir que vocês tenham o que é preciso para se defender. E vamos garantir que isso ocorra", falou.

O USS Gerald R. Ford, o maior e mais poderoso porta-aviões do mundo, transportou a primeira leva de armas dos Estados Unidos para Israel na guerra contra o Hamas. O carregamento chegou hoje no leste do Mar Mediterrâneo e o Ford, batizado em homenagem ao 38º presidente dos EUA, está em atividade há seis anos.

Zona humanitária e bombardeios em áreas civis

Em comunicado divulgado hoje, o governo de Benjamin Netanyahu solicitou que os palestinos se dirijam a Al-Mawasi, próximo a Khan Younis, onde será estabelecida uma área destinada à prestação de assistência humanitária internacional conforme necessário.

O apelo aos palestinos na Faixa de Gaza para migrarem para o sul também foi reforçado, já que os militares irão atacar fortemente a região. Na sexta-feira, cerca de 70 pessoas que seguiram essa orientação acabaram mortas enquanto fugiam.

A madrugada desta quarta-feira ficou marcada por novos ataques aéreos registrados contra dois bairros de um campo de refugiados no norte de Gaza. No centro de Gaza, uma padaria foi atingida.

Pelo menos 40 pessoas foram mortas em Al-Qasab e Halima Al-Saadia em Jabalia, segundo o Ministério do Interior de Gaza. No sul de Gaza, duas pessoas foram mortas e sete ficaram feridas após bombardeio de Israel em um apartamento residencial na cidade de Hamad, em Khan Younis.

Proposta brasileira é vetada na ONU

O veto dos EUA impediu a aprovação da resolução proposta pelo Brasil para estabelecer uma pausa humanitária em Gaza. Isso aprofunda a crise política e mostra a incapacidade das potências em chegar a um entendimento para acabar com as mortes. Uma proposta elaborada pela Rússia já tinha sido rejeitada também.

Para ser aprovada, uma resolução no Conselho precisa de pelo menos nove votos dos 15 membros do órgão. Mas não pode contar com nenhum veto. Apenas cinco países têm esse direito de vetar um texto: EUA, China, Rússia, Reino Unido e França. O texto brasileiro tinha somado 12 votos de apoio.

Repatriação de brasileiros

O avião que fará a repatriação de cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza pousou no Egito nesta quarta-feira (18), após receber autorização para partir de Roma. Mas a saída dos brasileiros da região ainda depende da abertura da fronteira de Rafah.

O avião vai desembarcar no local 40 purificadores de água portáteis, além de dois kits de medicamentos e insumos enviados pelo governo brasileiro, para atender à situação de emergência na Faixa de Gaza.

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