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Por que EUA atacaram a Síria em meio à guerra entre Hamas e Israel

Ataques na Síria foram ordenados pelo presidente Joe Biden para proteger militares americanos, segundo comunicado Imagem: Saul Loeb/AFP

Colaboração para o UOL

27/10/2023 13h48Atualizada em 27/10/2023 13h48

Na madrugada de hoje (27), os EUA realizaram dois ataques aéreos na Síria, segundo informou o Departamento de Defesa norte-americano.

Os ataques acontecem em meio à guerra entre Israel e Hamas, que já está em seu 21º dia. Segundo os EUA, porém, seus ataques são "separados e distintos" do conflito na Faixa de Gaza.

Entenda o que aconteceu:

Quais alvos foram atingidos

Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, o ataque atingiu instalações no Leste da Síria.

Os espaços seriam utilizados pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e por grupos afiliados para guardar armas e munições.

De acordo com a agência de notícias Reuters, os ataques foram realizados por dois jatos F-16 com munição de precisão.

Por que os EUA fizeram os ataques

Os norte-americanos afirmam que os ataques foram uma resposta a uma série de atentados contra militares do país, que estão baseados no Iraque e na Síria.

Segundo o Departamento de Defesa, esses ataques teriam começado no dia 17 de outubro e são promovidos por milícias financiadas pelo Irã.

O Irã é apontado como financiador de vários grupos armados na região, incluindo o Hamas.

Segundo a rede de TV "CNN", pelo menos 12 atentados contra as forças dos EUA aconteceram no Iraque; outros quatro, na Síria.

Como resultado, 21 militares dos EUA tiveram ferimentos leves, mas já voltaram ao trabalho.

O presidente [Joe Biden] não tem prioridade maior que não seja a segurança dos militares norte-americanos. Ele ordenou essa ação para deixar claro que os EUA não vão tolerar esse tipo de ataque e que vão se defender, defender seu pessoal e seus interesses.
Comunicado do Departamento de Defesa dos EUA

Segundo a Reuters, os EUA têm 900 soldados na Síria e mais 2,5 mil no Iraque.

'Se isso continuar, tomaremos as ações necessárias'

O Departamento diz, ainda, que o país "não busca conflito" e que "não tem a intenção ou desejo de se envolver em futuras hostilidades".

Mas esses ataques financiados pelo Irã contra forças dos EUA são inaceitáveis e precisam acabar. O Irã quer esconder a sua responsabilidade e negar seu papel nos ataques contra as nossas forças. Nós não deixaremos. Se isso continuar, não hesitaremos em tomar as ações necessárias para proteger o nosso povo.
Comunicado do Departamento de Defesa dos EUA

O comunicado reforça, ainda, que os ataques promovidos pelos EUA são pontuais e destinados a defender os militares do país.

O texto diz que eles são "separados e distintos" da guerra entre Israel e Hamas.

Conflito Israel x Hamas já soma mais de 7 mil mortos

Segundo o Ministério da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, 7.326 pessoas já morreram no conflito com Israel. Delas, 2.913 são crianças.

Outras 18.484 pessoas ficaram feridas.

Nesta sexta (27), um foguete disparado de Gaza atingiu um prédio residencial em Tel Aviv, Israel.

A ONU (Organização das Nações Unidas) recebeu uma lista das mortes na Faixa de Gaza, e afirmou que a situação inclui "atrocidades" e "carnificina".

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