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Israel diz que atirou e matou três reféns em Gaza por engano

Tropas de Israel operando na Faixa de Gaza em meio à guerra contra o Hamas Imagem: Divulgação Forças de Defesa de Israel

Do UOL, em São Paulo

15/12/2023 15h41Atualizada em 15/12/2023 17h21

Três reféns israelenses foram identificados como ameaça e mortos pelas Forças de Defesa de Israel, informou o país em comunicado.

O que aconteceu

O governo israelense explicou que as três pessoas foram identificadas "erroneamente como uma ameaça". Os militares, então, dispararam contra eles. Os reféns foram mortos em Shejaiya, no norte da Faixa de Gaza.

As Forças de Defesa Israelenses classificaram o caso como um "trágico incidente" e disseram que a região onde o erro aconteceu é "uma zona de combate ativa, na qual ocorreram combates contínuos nos últimos dias".

Os corpos foram levados a Israel e identificados. As famílias foram notificadas pelo governo.

São eles: Yotam Haim e Alon Shamriz, sequestrados do Kibutz Kfar Aza, e Samer Talalka, sequestrado do Kibutz Nir Am. Os três haviam sido levados pelo Hamas no dia 7 de outubro.

As IDF expressam profundo remorso pelo trágico incidente e envia às famílias as suas mais sinceras condolências. Nossa missão nacional é localizar os desaparecidos e devolver todos os reféns para casa.
Nota das Forças de Defesa de Israel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse "inclinar a cabeça em profunda tristeza e lamento" pelas mortes. "Esta é uma tragédia insuportável. Todo o Estado de Israel lamentará esta noite", escreveu no X (antigo Twitter).

"Meu coração está com as famílias enlutadas nesse momento difícil. Fortaleço nossos bravos guerreiros que penetram na sagrada missão de devolver nossos sequestrados, mesmo ao custo de suas vidas. Mesmo nesta noite difícil, curaremos as nossas feridas, aprenderemos as lições e continuaremos com um esforço supremo para devolver todos os nossos abduzidos a casa em segurança", afirmou.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro, cerca de 240 pessoas foram feitas reféns. Após negociações, pouco mais de 100 pessoas foram libertadas, mas muitas outras continuam desaparecidas, incluindo um brasileiro.

O governo israelense acredita que ao menos 135 reféns permanecem em Gaza, sendo 115 vivos.

Israel cancela viagem ao Qatar e adia negociação por reféns com Hamas

O governo de Israel cancelou uma viagem planejada ao Qatar, na qual seriam retomadas as negociações sobre um possível novo acordo para libertar reféns detidos pelo grupo Hamas em Gaza. Hoje, a guerra completa 70 dias.

Os familiares dos reféns israelenses detidos em Gaza disseram estar "chocados" com a notícia de que o gabinete de guerra de Israel decidiu não enviar o chefe do Mossad ao Qatar para negociações sobre um novo acordo com o grupo extremista.

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