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Reféns mortos em Gaza por Israel tinham bandeira branca, diz investigação

Do UOL, em São Paulo

16/12/2023 10h48Atualizada em 16/12/2023 18h25

Uma investigação preliminar apontou que os três reféns atacados e mortos por engano pelas Forças de Defesa israelenses em Gaza carregavam uma bandeira branca.

O que aconteceu

Os investigadores apontaram que os três reféns estavam sem camisa enquanto agitavam uma bandeira branca e falavam em hebraico. Os três haviam conseguido escapar do cativeiro do Hamas, na Faixa de Gaza, quando foram mortos por tropas israelenses.

Eles caminhavam no bairro residencial de Shujaia, na zona leste da cidade, em uma área da Faixa de Gaza onde combatentes do Hamas têm atuado sem uniforme, criando emboscadas para as tropas, de acordo com os primeiros elementos da investigação.

"Um soldado se sentiu ameaçado, disparou sua arma e afirmou que eram terroristas. Os outros [soldados] também atiram e dois [reféns] morrem na hora", acrescentou o oficial. "O terceiro homem foi ferido e correu para dentro de um prédio vizinho", acrescentou a fonte. Os soldados ouviram, então, "um pedido de socorro em hebraico".

O governo de Israel disse ainda que soldados não "seguiram as regras de combate do Exército". A informação foi confirmada por uma forte das forças israelenses em um briefing com jornalistas.

O comandante do batalhão ordenou que os disparos parassem, mas novamente foram disparadas rajadas de fuzis na direção da terceira pessoa e ela morreu
Oficial das Forças Armadas de Israel

O irmão do refém Alon Lulu Shamriz postou uma mensagem nas redes sociais: "Aqui havia luz no fim, agora só há escuridão", escreveu.

Mortos foram identificados 'erroneamente como ameaça'

O governo israelense explicou que as três pessoas foram identificadas "erroneamente como uma ameaça". Os militares, então, dispararam contra eles em Shejaiya, no norte da Faixa de Gaza.

Os corpos foram levados a Israel e identificados. As famílias foram notificadas pelo governo.

São eles: Yotam Haim e Alon Shamriz, sequestrados do Kibutz Kfar Aza, e Samer Talalka, sequestrado do Kibutz Nir Am. Os três haviam sido levados pelo Hamas no dia 7 de outubro.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro, cerca de 240 pessoas foram feitas reféns. Após negociações, pouco mais de 100 pessoas foram libertadas, mas muitas outras continuam desaparecidas, incluindo um brasileiro.

O governo israelense acredita que ao menos 135 reféns permanecem em Gaza, sendo 115 vivos.

Com informações de ANSA

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