Jovens com menos de 30 anos: quem são os reféns do Hamas mortos por Israel

O Exército de Israel confirmou hoje que matou por engano três reféns israelenses levados pelo Hamas no dia 7 de outubro.

Quem são as vítimas

Yotam Haim, de 28 anos, Alon Shamriz, de 26, e Samar Talalka, de 22, morreram após ataques israelenses em Shejaiya, um bairro da Cidade de Gaza.

Os três foram levados de dois kibutzim próximos da fronteira com Gaza: Haim e Shamriz eram do kibbutz Kfar Aza, enquando Talalka foi levado do Nir Am.

Yotam Haim era um baterista de uma banda de heavy metal local e foi levado do bunker dentro de sua casa, relatou o Times of Israel. Seus familiares e amigos, incluindo membros de sua banda, faziam campanhas pelo retorno do jovem para a casa com os dizerem "Bring Them Back", ou "traga-os de volta", pedido compartilhado entre os familiares de pessoas sequestradas pelo Hamas.

Alon Shamriz era um estudante de engenharia da computação e também estava em casa quando foi sequestrado. Outros 12 membros de sua família conseguiram escapar do Hamas no mesmo kibbutz. Sua última mensagem foi que havia "alguém" em sua casa, relataram parentes ao jornal KomoNews.

Samar Fouad Talalka, filho de pais árabes, trabalhava no kibbutz quando foi sequestrado. Ele trabalhava com o manejo de galinhas da comunidade local, e havia chegado cedo naquele 7 de outubro, relatou um amigo ao Times of Israel. Samar trabalhava com o pai nos fins de semana, e morava em Hura, cidade do sul de Israel.

O que disse o Exército de Israel

O porta-voz do exército, Daniel Hagari, disse que os militares "assumem a responsabilidade por tudo o que aconteceu". "Acreditamos que os três israelenses escaparam ou foram abandonados por terroristas que os haviam capturado", disse, acrescentando não haver mais detalhes.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamou o incidente de uma "tragédia insuportável". "Todo o Estado de Israel está de luto nesta noite. Meu coração está com as famílias enlutadas em seus momentos difíceis", afirmou o premiê em comunicado.

Os Estados Unidos também lamentaram as mortes dos reféns, descrevendo-as como "um erro trágico". "Ainda não temos uma visão perfeita sobre como exatamente essa operação se desenrolou e como este trágico erro foi cometido", declarou o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro, cerca de 240 pessoas foram feitas reféns. Após negociações, pouco mais de 100 pessoas foram libertadas, mas muitas outras continuam desaparecidas, incluindo um brasileiro.

O governo israelense acredita que ao menos 135 reféns permanecem em Gaza, sendo 115 vivos.

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*Com informações da AFP

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