Conteúdo publicado há 11 meses

'Gravidade jamais vista', diz Fernández sobre decretos de Milei

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández criticou o "megadecreto" do atual chefe do Executivo, Javier Milei, que tem sido alvo de protestos da oposição.

O que aconteceu

Fernández criticou a primeira medida econômica tomada pelo seu adversário eleitoral. O ex-presidente peronista acusou Milei de "abuso de poder" e de invadir competências do Legislativo em relação a temas sensíveis em publicação nas redes sociais.

Milei "atingiu o sistema republicano" de governo, disse Fernández. Em publicações na rede social X, Fernández disse que não há clareza no texto sobre as normas pretendidas, mas afirmou que elas afrontam diretamente a Constituição da Argentina.

Entenda decretos de Milei

Milei anunciou a revogação da Lei do Aluguel. O objetivo é descomplicar o mercado imobiliário. O novo governo também revogou leis que regulam o abastecimento de produtos alimentícios e preços de produtos no comércio.

Medida busca privatizar a Aerolíneas Argentinas. Ele determinou o fim da lei que impede privatizações e a preparação de estatais para serem vendidas ao setor privado.

Clubes de futebol poderão ser sociedade anônimas. Na eleição para a presidência do Boca Juniors, no último domingo, Milei apoiou a chapa que tinha ex-presidente Maurício Macri como candidato a vice, mas a vitória foi do ex-jogador e ídolo Riquelme. Houve diversas manifestações sobre "o clube é dos sócios", em rechaço a essa medida que Milei preparava desde as eleições.

O ultraliberal declarou que acabará com os limites às exportações. O novo presidente também afirmou que autorizará medidas para afrouxar as regulamentações, à medida que seu novo governo combate a grave crise econômica.

Milei falou em atacar as causas do déficit fiscal. Disse ainda que vai colocar a Argentina no caminho para voltar a ser uma "potência mundial".

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Leia o que disse Alberto Fernández

Quando a democracia comemora 40 anos de continuidade, o nosso país assiste a um acontecimento de extrema gravidade institucional nunca antes visto.

A República está em risco devido à insensatez demonstrada pelo Presidente ao ditar medidas contrárias à Constituição e aos interesses do nosso povo.

Os problemas da Argentina podem e devem ser resolvidos através dos canais legais e institucionais previstos na nossa Constituição Nacional.

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