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Equador: Brasil e vizinhos preparam declaração conjunta de apoio a Noboa

Exército do Equador patrulha arredores do palácio presidencial em Quito Imagem: 9.jan.2024-Rodrigo Buendia/AFP

Do UOL, em Brasília

10/01/2024 14h25Atualizada em 10/01/2024 15h07

Os governos do Brasil e dos outros países sul-americanos preparam uma declaração conjunta contra a onda de violência no Equador e de apoio ao presidente Daniel Noboa. Ela deve ser divulgada ainda hoje.

O que acontece

Ontem (9), Noboa decretou estado de "conflito armado interno" no país por 60 dias, após a invasão a uma emissora de TV e à Universidade de Guayaquil. A ordem permite o uso do Exército contra grupos de criminosos ligados ao narcotráfico e ao crime organizado.

O Itamaraty é um dos articuladores do documento, que será redigido pelo Chile. Nesta manhã, o presidente Lula (PT) se reuniu com o chanceler Mauro Vieira e o ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais do Planalto.

Segundo fontes ligadas ao Planalto, o documento deverá condenar as ações criminosas e dar apoio ao governo eleito. Noboa assumiu a Presidência em novembro do ano passado, tendo como principal bandeira o combate à violência nas ruas e nas prisões.

O que está acontecendo no Equador?

O país está sob estado de exceção desde o último domingo (7), quando o homem mais perigoso do país fugiu da prisão. É José Adolfo Macías Villamar, apelidado de Fito, líder da facção criminosa Los Choneros e condenado a 34 anos de prisão por crime organizado, narcotráfico e homicídio. Ele estava preso desde 2011.

Fito é suspeito de ter tramado o assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, em agosto do ano passado.

Outro chefe de facção fugiu ontem. Fabricio Colón Pico, do Los Lobos, havia sido preso na última sexta (5) sob suspeita de participar de um sequestro e de tramar um plano para assassinar a chefe do Ministério Público.

O Equador se transformou em reduto do narcotráfico, localizado entre a Colômbia e o Peru, os dois maiores produtores mundiais de cocaína. Em 2023, o país de 17 milhões de habitantes registrou mais de 7.800 homicídios e apreendeu 220 toneladas de droga.

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