Guinness tira de Bobi, supostamente com 31 anos, título de 'cão mais velho'
O GWR (Guinness World Records) retirou de Bobi, um rafeiro-do-alentejo português que morreu no ano passado com supostos 31 anos de vida, o título de "cão mais velho do mundo".
O que aconteceu
Segundo a revisão do Guinness, "não foram confirmadas as evidências necessárias para apoiar a reivindicação de Bobi como detentor do registro". O Guiness publicou hoje (22) os resultados de uma análise que conduziu sobre Bobi, morto em outubro do ano passado.
A comprovação da idade do cão provinha de dados do microchip do banco de dados do governo português, o SIAC. Em 2022, quando o título foi requerido, o SIAC não exigia prova de idade para cães nascidos antes de 2008.
Além disso, como a declaração veterinária adicional fornecida como prova para a idade de Bobi também citava os dados do microchip. Com isso, o GWR ficou sem evidências conclusivas que pudessem comprovar definitivamente a data de nascimento de Bobi.
A revisão se fez necessária diante de "preocupações levantadas por veterinários e outros especialistas, tanto a nível privado como público". E também de conclusões de investigações conduzidas por alguns meios de comunicação. A afirmação é de Mark McKinley, diretor de registros do Guinness, que conduziu a análise, em um comunicado publicado hoje no site do Guinness.
Sem qualquer evidência conclusiva disponível neste momento, simplesmente não podemos manter Bobi como detentor do recorde e reivindicar honestamente que mantemos os altos padrões que estabelecemos para nós mesmos
Mark McKinley, diretor de registros do GWR
O tutor de Bobi disse que tudo o que a GWR solicitou para validar a idade de Bobi foi cumprido. Bobi viveu toda a sua vida com o tutor, Leonel Costa, e sua família, na aldeia de Conqueiros, perto da costa oeste de Portugal.
O tutor acredita que a reação negativa ocorreu porque ele atribuiu a longevidade de Bobi à ingestão de uma dieta semelhante à dos humanos. Ele diz que isso vai contra as recomendações de muitos veterinários. A apuração é da BBC.
Tudo seria diferente se disséssemos que ele comeu ração para animais de estimação durante três décadas. Leonel Costa, tutor de Bobi
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