Governo Lula só pode dialogar, diz Mauro Vieira sobre eleição na Venezuela
Do UOL, em São Paulo*
14/03/2024 15h00Atualizada em 14/03/2024 15h09
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, em audiência no Senado nesta quinta-feira (14), que o governo não pode "fazer outra coisa, a não ser o diálogo" sobre a eleição na Venezuela.
O que aconteceu
Vieira diz que o governo brasileiro discute a realização de eleições nos vizinhos venezuelanos há muito tempo. "Creio que não podemos fazer outra coisa, a não ser o diálogo. Temos diálogo intensamente, não é de agora. Fui ministro das Relações Exteriores da presidente Dilma Rousseff".
O chanceler avalia que o agendamento das eleições na Venezuela, para 28 de julho, é resultado da atuação do governo brasileiro. "Isso acontece, entre outras coisas, pelo contato que mantivemos - o Itamaraty, eu próprio e o próprio presidente da República - com o governo venezuelano, chamando atenção para um processo eleitoral".
Mauro Vieira defendeu a realização de "eleições justas, transparentes, abertas e aceitas por todos".
Eleição na Venezuela
As eleições presidenciais na Venezuela serão realizadas em 28 de julho. A data aparece após acordado entre governo e oposição em uma mesa de negociação, informou, nesta terça-feira (5), a autoridade eleitoral.
O presidente do país, Nicolás Maduro, foi escolhido por seu partido para buscar o terceiro mandato consecutivo nas eleições. Já a oposição está contra as cordas para definir seu candidato.
A inscrição oficial dos candidatos acontecerá de 21 a 25 de março e a campanha eleitoral está prevista para 4 a 25 de julho.
Após a confirmação da realização das eleições, o presidente Lula (PT) pediu "presunção de inocência" para Maduro. "O que eu posso esperar? Que haja as eleições para a gente saber se elas foram democráticas ou não. A gente não pode já começar a jogar dúvida antes de as eleições acontecerem".
*Com informações da AFP