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Ataque atribuído a Israel na Síria mata dois líderes militares do Irã

Do UOL, em São Paulo

01/04/2024 15h14

Um bombardeio atribuído a Israel contra o edifício do Consulado iraniano em Damasco, capital da Síria, matou ao menos sete pessoas nesta segunda-feira (1º), incluindo dois integrantes do alto escalão militar do Irã.

O que aconteceu

Guarda Revolucionária do Irã disse que houve sete mortes. Em nota, a Guarda — também conhecida como Força Quds, responsável pelas operações militares internacionais iranianas — condenou o ataque atribuído a Israel e divulgou o nome dos outro cinco militares mortos. O embaixador iraniano e sua família não sofreram ferimentos.

Um deles era o comandante Mohammad Reza Zahedi. A televisão estatal iraniana Irib informou que o general de brigada, um dos principais comandantes da Força Quds, foi morto em um "ataque de combatentes do regime sionista" ao anexo do Consulado do Irã em Damasco.

Outra liderança morta foi Mohammad Hadi Haji Rahimi. Ele atuava como braço direito de Zahedi, segundo a agência iraniana Tasnim.

Ministro das Relações Exteriores do Irã culpou o país pelo ataque. Por telefone, Hossein Amir Amirabdollahian disse ao chanceler sírio, Faisal Mekdad, que o governo iraniano considera Israel responsável pelas consequências do bombardeio, de acordo com a mídia estatal. "[Foi] Uma violação de todas as convenções internacionais", acrescentou. Israel ainda não se pronunciou sobre o caso.

Irã tem direito de responder o ataque ao Consulado, diz ministério. A declaração foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Nasser Kanaani.

Chanceler da Síria também condenou o que chamou de "ataque terrorista". "O inimigo israelense lançou ataques aéreos do Golã sírio ocupado, dirigidos contra o edifício do consulado iraniano em Damasco", afirmou Faisal Mekdad em comunicado. "O ataque destruiu todo o edifício (...). Equipes de emergência trabalham para recuperar os corpos e resgatar os feridos entre os escombros".

Bombardeio acontece três dias após ataques que mataram 53 na Síria. Entre os mortos na última sexta (29), estavam 38 soldados sírios e sete combatentes do Hezbollah — movimento libanês aliado do regime sírio de Bashar al-Assad, do palestino Hamas e do Irã, todos inimigos de Israel. Foi a maior baixa sofrida pelo Exército da Síria em ataques israelenses desde o início da guerra entre Israel e Hamas.

Benjamin Netanyahu [primeiro-ministro de Israel] perdeu completamente seu equilíbrio mental devido aos sucessivos fracassos em Gaza e na tentativa de alcançar seus objetivos sionistas.
Hossein Amirabdollahian, chanceler do Irã

(Com AFP e Reuters)

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