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Israel anuncia fim de operação no hospital Al-Shifa, o maior de Gaza

Israel anunciou o fim da operação militar no Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza. O local é usado como abrigo por centenas de pessoas.

O que aconteceu

Tanques e outros veículos militares foram retirados da área do hospital. Israel invadiu o complexo em 18 de março após acusar combatentes de se esconderem no local. O Hamas e a equipe médica do hospital negam.

As Forças de Defesa de Israel dizem que mataram terroristas e apreenderam armas e documentos de inteligência durante a "varredura". O governo confirmou a morte de pelo menos 170 homens armados na região do Al-Shifa.

O Hamas fala em 240 pacientes assassinados. No domingo (31), o diretor da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que 21 pacientes do hospital Al-Shifa foram mortos desde o início da operação israelense.

Os prédios do complexo de Al-Shifa foram destruídos ou incendiados. "Não parei de chorar desde que cheguei aqui, massacres horríveis foram cometidos. Este lugar precisa ser reconstruído. Não há mais hospital Shifa", disse uma testemunha à Reuters.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, diz que mais de 20 corpos foram encontrados dentro e ao redor do hospital. Um médico contou à AFP que alguns cadáveres foram esmagados por veículos militares durante a saída das tropas israelenses.

Um porta-voz do Serviço de Emergência Civil de Gaza disse à Reuters que duas pessoas foram executadas no complexo. Os cadáveres estavam algemados e enterrados. A Reuters não conseguiu verificar a alegação.

O Hamas pediu desculpas à população de Gaza pelas dificuldades provocadas pela guerra, mas declarou que vai continuar lutando pela "vitória e liberdade" dos palestinos.

O governo de Israel está sendo pressionado por um acordo de cessar-fogo. Catar, Egito e Estados Unidos atuam como mediadores da negociação.

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