Caso de mulher que levou tio morto a banco repercute na imprensa mundial
Colaboração para o UOL, em São Paulo
17/04/2024 13h42Atualizada em 17/04/2024 16h42
A imprensa internacional repercutiu o caso da mulher que levou um suposto tio já morto para sacar R$ 17 mil em uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro, na terça-feira (16).
O que aconteceu
O jornal britânico The Sun chamou o caso de "um golpe descarado". A publicação diz que a mulher tentou sacar o valor em dinheiro mesmo com idoso morto.
O Daily Star comparou o caso ocorrido no Rio ao roteiro do filme "Um Morto Muito Louco". No longa de 1989, destaca o jornal, dois amigos que trabalham em uma agência de seguros passam um fim de semana com um cadáver fingindo que o morto está vivo, após descobrirem uma fraude de R$ 10 milhões.
O Daily Mail explicou que a mulher tentou fazer o morto assinar o documento para sacar o dinheiro. A publicação ressalta que ela segura a cabeça dele de modo suspeito, enquanto os funcionários do banco questionam a palidez do idoso.
Na Argentina, o La Nación chamou o caso de "horror no Brasil". O jornal narra o caso e a tentativa da mulher de sacar o dinheiro do empréstimo.
Na França, o Le Parisien também destacou a tentativa de golpe. A publicação francesa ressaltou a palidez do cadáver e que, mesmo assim, a suposta sobrinha tentou fazer com que ele assinasse o documento.
O que aconteceu
Movimentação suspeita foi gravada por funcionários da agência. No vídeo, Erika de Souza Vieira Nunes aparece conversando com o idoso, a quem chama de "tio Paulo". Com a cabeça tombando, ele não esboça reação, mas a suposta familiar insiste que ele assine um documento que autorizaria um empréstimo de R$ 17 mil.
Samu foi acionado e constatou que homem estava morto havia algumas horas. Já a defesa da suspeita afirma que ele estava vivo ao chegar ao banco.
A defesa também diz que Erika tem laudos feitos por psiquiatras que atestam que ela possui problemas psicológicos. "Sabemos que há doenças que são altamente psicológicas, outras que transitam para uma questão psiquiátrica e outras que beiram à loucura. Não é o caso dela. [No caso da Erika] São situações que transitam entre um abalo psicológico e uma questão de medicamentos controlados no campo psiquiátrico. Temos o CID [Classificação Internacional de Doenças], inclusive dos laudos, dos medicamentos controlados e do receituário, tudo isso comprovado e de anos anteriores".