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Brasil cita descaso de Israel e condena operação em cidade na Faixa de Gaza

Criança ferida nos braços da mãe, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza Imagem: AFP

Do UOL, em São Paulo

06/05/2024 22h01Atualizada em 06/05/2024 22h18

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou nota nesta segunda-feira (6) para informar que o governo brasileiro condena o início das operações das forças armadas de Israel contra a cidade de Rafah, na Faixa de Gaza.

O que aconteceu

Para o Brasil, Israel mostra "novamente" descaso ao optar pela ação militar e intensificação do conflito. O Itamaraty aponta que a área de Rafah tem uma alta concentração de civis em Gaza e criticou a decisão do governo de Benjamin Netanyahu.

Ministério reitera pedido pela superação da "indiferença e imobilismo" que permitiram o aprofundamento da crise humanitária na Faixa de Gaza. Na nota, o governo brasileiro cita às instâncias de governança global responsáveis pela preservação da paz e da segurança mundial, citando diretamente o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Itamaraty também voltou a defender a criação de dois Estados. O país pedir de novo a interrupção imediata da violência e o engajamento nas conversas que contribuam para o cessar-fogo e libertação dos reféns. A sugestão para os estados, segundo o governo, se baseia na "única via capaz de oferecer paz duradoura para os povos de Israel e da Palestina, assim como para a região do Oriente Médio".

Descaso pela observância aos princípios básicos dos direitos humanos e do direito humanitário, a despeito dos apelos da comunidade internacional, inclusive de seus aliados mais próximos. Tal operação pode, ademais, comprometer esforços de mediação e diálogo em curso.
Ministério das Relações Exteriores, em nota

Israel iniciou a evacuação de Rafah diante da anunciada invasão da cidade

Exército israelense iniciou operação na manhã desta segunda-feira (6). Eles argumentaram que a ação era de "alcance limitado para evacuar temporariamente os moradores da parte leste" de Rafah que, segundo seu porta-voz Daniel Hagari, concerne umas "100 mil pessoas".

Um representante do Crescente Vermelho palestino no leste de Rafah assegurou que as pessoas estão fugindo. "[Estão] apavoradas, em meio ao pânico", e avaliou que a região designada pelo Exército israelense afeta cerca de 250 mil pessoas.

Israel considera essencial a operação em Rafah. O governo Netanyahu diz que visa "destruir os últimos quatro batalhões" do movimento islamista em território palestino. A ONU estima que cerca de 1,2 milhão de pessoas vivam nesta cidade fronteiriça com o Egito e assegura que é "impossível realizar uma evacuação em massa de tal magnitude de forma segura".

O Exército de Israel declarou ter ampliado "a área humanitária para Al Mawasi", localidade situada no litoral, a cerca de dez quilômetros de Rafah. A zona, porém, "não tem espaço suficiente para instalarmos nossas barracas de camping", disse Abdul Rahman Abu Jazar, um palestino de 36 anos.

(Com AFP)

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