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Ucrânia planeja convocar presidiários para lutar na guerra contra a Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodymur Zelensky, em discurso na Assembleia-Geral da ONU Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

18/05/2024 09h14Atualizada em 18/05/2024 09h25

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou na sexta-feira (17) uma lei que permite convocar para a guerra presos condenados pela Justiça.

O que aconteceu

Zelensky assinou a lei, mas ainda não se pronunciou. A tática de utilizar presidiários na guerra é a mesma usada por Putin desde o início do conflito.

A decisão se deve ao avanço Russo na guerra. A Rússia avançou sobre o leste e norte ucranianos e se aproxima de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana.

Zelensky assinou outra lei polêmica no mesmo dia. A norma manda aplicar multas a quem não responder a convocações das Forças Armadas.

A Ucrânia espera uma ofensiva russa maior nas próximas semanas. A Rússia está se aproveitando da falta de ajuda do Ocidente aos rivais, que estão em menor número em infantaria, tem menos blindados e munições.

Putin, porém, disse ontem que não pretende tomar Kharkiv. Embora seja um centro industrial e tenha se tornado um símbolo da resistência na guerra, o presidente russo disse que sua intenção é apenas cercar a região.

Trégua nas Olimpíadas?

O presidente russo Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping se despediram com um abraço no final de visita em Pequim. Imagem: Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via Reuters

Em visita à China, Putin afirmou que discutiu a trégua com o presidente chinês, Xi Jinping. A pressão para que ele pare a guerra nas Olimpíadas da França, em julho, é grande. O pedido surgiu primeiro do presidente francês, Emmanuel Macron.

Ele ouviu o mesmo pedido de Xi Jinping durante a visita à China. O encontro do russo com o líder chinês ocorreu dias depois de Antony Blinking, secretário americano de Estado, visitar a China e pedir o mesmo a Xi Jinping.

A China prometeu não fornecer armas à Rússia. Pequim, no entanto, tem ajudado Moscou com inteligência via satélite, chips e equipamentos, acusaram os Estados Unidos.

A Rússia se tornou o primeiro fornecedor de gás da China e vende petróleo ao país. O desfecho do conflito pode depender do aprofundamento da relação entre os dois países, dizem analistas internacionais.

Para pressionar Xi Jinping, o governo americano anunciou um aumento das tarifas sobre produtos chineses. Os europeus também lançaram investigações antidumping contra o país asiático. Analistas apontam que o presidente chines adotou uma estratégia de equilíbrio, tentando se alinhar à Rússia e estabilizar os laços com o ocidente para retomar o vigor da economia chinesa, em desaceleração.

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