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Cidade do México bate recorde de calor e pode ficar sem água em um mês

A Cidade do México, que atingiu 34,7ºC e bateu o recorde de calor neste domingo (26), enfrenta crise hídrica e poderá ficar sem água em até um mês, caso não chova no período.

O que aconteceu

O ano de 2023 foi o mais seco registrado no México desde 1941. A seca reduziu o nível das represas que alimentam o sistema Cutzamala, que aporta 25% da água do Vale do México, região onde se concentra a capital mexicana e a sua região metropolitana, com cerca de 22 milhões de pessoas. O seu nível atual é crítico, com 28% da capacidade, e beira o colapso.

Vários bairros da Cidade do México já enfrentam o racionamento. A escassez de água já é sentida por parte da população desde o início do ano. O país tem perfurado poços com 300 metros de profundidade, para tentar minimizar o problema, e suplicado às pessoas para economizarem água.

Alerta para a chegada do Dia Zero. É o termo utilizado por especialistas e autoridades para a chegada do dia em que a megalópole ficaria sem água. Isso pode ocorrer em até 30 dias, no dia 26 de junho, caso não chova o suficiente para encher os reservatórios no período.

A temporada de chuvas na região começa no fim de maio, mas a estiagem e as temperaturas acima da média registradas nesta época assustam. O país contabiliza até agora 48 mortos em decorrência das temperaturas altas.

E, para piorar ainda mais a situação, o calor intenso já causou apagões em várias regiões. Câmaras de negócios e analistas do setor criticaram os blecautes, acusando o governo de não investir em redes de transmissão de energia ou em geração suficiente para atender à demanda.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, descreveu os apagões como "excepcionais". Ele garantiu que o México tem capacidade suficiente de geração.

*Com informações das agências AFP e Reuters

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