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Biden diz que vai 'seguir em frente' em 1ª coletiva após fracasso em debate

Do UOL, em São Paulo

11/07/2024 20h42Atualizada em 12/07/2024 07h57

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse, na noite desta quinta-feira (11), que vai "seguir em frente" em meio a especulações sobre a desistência da sua candidatura à reeleição. A declaração foi dada durante a primeira entrevista coletiva realizada após o fracasso do democrata no debate contra o republicano Donald Trump.

O que aconteceu

Biden disse que é o candidato mais qualificado para o cargo. "Eu acho que Trump não é qualificado para ser presidente, em primeiro lugar. O fato é que eu sou a pessoa mais qualificada para concorrer à Presidência. Eu venci Trump uma vez e o vencerei novamente", afirmou, em meio a interrupções para tossir.

O democrata também minimizou a queda na popularidade: "Pelo menos cinco presidentes que estavam tentando a reeleição tiveram números mais baixos de aprovação do que eu tenho, e isso em um momento mais tarde da campanha. Então, ainda temos um longo caminho. Vou seguir em frente, tenho trabalho a fazer".

Questionado sobre sua vice, Kamala Harris, Biden afirmou que ela é qualificada para ocupar o cargo de presidente. "Eu não a chamaria para estar comigo se não fosse qualificada. Ela é qualificada para ser presidente, por isso a convidei para ser minha vice".

Antes, o democrata confundiu Kamala Harris com Donald Trump. "Eu não teria escolhido a vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não achasse que ela tinha qualificações para ser presidente".

Em outro evento mais cedo, Biden havia confundido o nome do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, com o líder russo, Vladimir Putin. "Eu troquei, enfim", minimizou, durante a entrevista coletiva.

Biden ainda disse que irá descansar na véspera do próximo debate. "No próximo debate, não viajarei em 15 fusos horários". Ele também afirmou que a equipe dele "acrescentam coisas" à agenda e que, por isso, está "recebendo críticas" da primeira-dama.

O candidato à reeleição voltou a negar a necessidade de fazer novos exames neurológicos ou cognitivos. Biden afirmou, sem esclarecer a data dos exames, que já fez três testes intensos. "Eles disseram que estou bem, embora eu tenha um problema no pé esquerdo porque quebrei o pé no passado e não usei proteção", declarou.

Debate fracassado

Desempenho de Biden em debate da CNN acendeu um alerta no Partido Democrata. Com a voz rouca, uma gagueira persistente e frases confusas, o presidente deixou uma imagem oposta à mostrada pelo rival, que adotou um tom claro e enérgico no evento realizado em junho. Desde então, vários democratas têm demonstrado preocupação e sugerido que Biden abandone a disputa.

Pedido para desistência também veio de veículos tradicionais. O jornal The New York Times pediu, por meio de editorial, para que o atual chefe da Casa Branca desistisse da campanha pela reeleição. Até mesmo o ator e produtor George Clooney, um dos responsáveis por arrecadar fundos para a campanha, engrossou o coro daqueles que pediam para Biden desistir da corrida.

Depois do debate, Biden já afirmou várias vezes que não desistiria de candidatura. Ele chegou a ser questionado por um apresentador de TV se renunciaria caso fosse convencido de que não é capaz de derrotar o republicano. Como resposta, afirmou: "Depende. Se o próprio Senhor Todo-Poderoso vier e me disser isso, 'Joe, saia da corrida', eu posso fazer isso. Mas ele não vai fazer isso."

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