Inflação nos Estados Unidos cai mais do que o esperado no mês de junho

Esta é a versão online da newsletter De Olho no Mundo. Quer receber antes o boletim e diretamente no seu email? Clique aqui. Assinantes UOL têm acesso à newsletter Para Começar a Semana, colunas, reportagens exclusivas e mais. Confira.

**************

1. Inflação no EUA cai para 3% ao ano no mês em junho. O índice divulgado na manhã desta quinta veio abaixo da expectativa do mercado, que era de 3,1%. A queda eleva a chance de uma redução dos juros ainda este ano. No mercado futuro, a possibilidade de uma redução da taxa em setembro subiu para 85%, e logo após o anúncio as bolsas subiram. O otimismo é reforçado por recentes declarações do presidente do Fed, Jerome Powell. Ontem, ele disse que a inflação "tem dado sinais modestos de progresso, e mais números positivos reforçariam a confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável na direção dos 2% [meta do banco central americano]".

2. Biden enfrenta teste crucial em meio a pressões sobre sua candidatura. O presidente americano dará hoje uma entrevista na reunião de líderes da Otan, em Washington. Como no desastroso debate com Trump, Biden responderá a jornalistas do mundo todo sem teleprompter e terá o desafio de demonstrar vitalidade. Ontem sua candidatura voltou a ser questionada. A democrata Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara de Deputados dos EUA, disse que ele deveria avaliar "todas as opções." O ator George Clooney, grande arrecadador de doações para o partido democrata, pediu que o presidente desista da reeleição. "A rebelião contra Biden se intensifica", escreve o site americano Semafor.

3. Otan acusa a China de fornecer apoio aos ataques da Rússia na Ucrânia. Pela primeira vez os países da aliança se juntaram às denúncias americanas sobre a ajuda militar do governo chinês à Rússia. A Otan exigiu que a China interrompa o envio de componentes de armas e tecnologias que permitem a modernização das forças armadas russas. Eles também afirmam que a Ucrânia está em um "caminho irreversível" para a adesão à Otan, sem fixar datas. No encontro de líderes, os EUA anunciaram que vão instalar mísseis de longo alcance na Alemanha em 2026, medida vista como uma resposta à ameaça crescente que a Rússia representaria à Europa. A cúpula em Washington acontece em meio a temores de que Donald Trump seja eleito, já que ele ameaçou retirar os EUA, pilar militar e financeiro, da aliança.

4. Astronautas da Boeing presos no espaço ainda não têm data para voltar à Terra. Os dois americanos deveriam passar menos de duas semanas no espaço, mas já estão há mais de um mês devido a problemas técnicos. A espaçonave Starliner, da Boeing, que teve seu lançamento adiado várias vezes, pode ter anomalias no sistema de propulsão da cápsula, responsável também pela orientação para o retorno à Terra. A Nasa está fazendo testes em solo com um propulsor similar para averiguar se houve danos durante a operação. Os astronautas asseguraram ontem que estão confiantes de que voltarão em segurança. Segundo a Nasa, o retorno poderá ser possível a partir do final de julho.

O deserto do Atacama, no Chile, o mais seco do planeta, está florido graças às chuvas incomuns registradas naquela área do norte do país
O deserto do Atacama, no Chile, o mais seco do planeta, está florido graças às chuvas incomuns registradas naquela área do norte do país Imagem: Patricio Lopez Castillo / AFP

5. Alemanha conclui acordo com empresas de telefonia para barrar equipamentos da Huawei. A retirada progressiva de componentes de empresas chinesas, sobretudo da Huawei, da rede 5G da Alemanha será feita nos próximos cinco anos, segundo a Reuters, que cita fontes não identificadas ligadas ao caso. A imprensa alemã afirma que o acordo visa assegurar uma transição para substituir peças críticas da infraestrutura 5G que permitiriam reduzir os riscos de espionagem e de ciberataques. O ministério alemão do Interior confirmou as discussões com os operadores de telefonia e afirmou que as medidas se inserem na estratégia de segurança nacional do país e sua política de redução de dependência tecnológica.

Deu no The Guardian: "Biden se salvou por pouco, mas a cortina pode fechar a qualquer momento". Em um artigo de análise, o jornal britânico relata uma reunião do comitê nacional democrata, ocorrida na terça em Washington, para lançar um apelo unido pedindo para que Joe Biden desista da corrida presidencial. Mas o encontro foi encerrado com uma reviravolta: após várias personalidades do partido terem dito publicamente para Biden deixar a disputa, eles mudaram de tática para apoiar sua candidatura, diz o correspondente em Washington, citando os casos dos deputados Mikie Sherrill e Jerry Nadler, que defenderam a desistência e recuaram. O jornal cita um membro do comitê do partido que afirma ter um plano para escolher um novo candidato na convenção democrata em agosto se Biden ceder à pressão para se retirar. Leia mais.

Deixe seu comentário

Só para assinantes