Conteúdo publicado há 1 mês

Kennedy: Tiro em Trump terá efeito positivo menor que facada em Bolsonaro

O atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump terá um efeito político menor do que a facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018, ocorrida apenas um mês antes das eleições, afirmou o colunista Kennedy Alencar no UOL News da manhã desta segunda-feira (15).

Trump ficou ferido na orelha após tiros serem disparados durante um comício neste sábado (13) em Butler, na Pensilvânia.

Trump sofreu um atentado real, assim como Bolsonaro sofreu um atentado real. Houve a facada e houve o tiro. Se o efeito disso vai ser tão importante como foi em 2018 aqui, eu tenho dúvidas. Acho que o tiro em Trump não terá o efeito tão positivo para ele, apesar de dar a ele um bom momento político. Não creio que haverá o efeito político que a facada teve. Não creio que terá um grande impacto. A vitória de Trump será definida por um conjunto de fatores, e esse é um que pode ajudar. Não creio que o atentado contra ele terá um efeito maior, acho que vai ser menor que o efeito favorável que Bolsonaro teve em 2018.

É inaceitável a violência que Trump sofreu, assim como foi com Bolsonaro, mas isso vai ser explorado do ponto de vista do marketing político com muita força. Trump sabe fazer isso muito bem. É muito teatral [...] Trump tem isso do homem forte, do líder forte. Esse atentado ajuda ele a vender essa imagem. Ele sobreviveu a um atentado que poderia ser fatal.

Estamos há três meses e 20 dias que vai ser em 5 de novembro. Se isso vai ter um baita efeito, é difícil a gente ver. Com Bolsonaro, a facada foi em 6 de setembro e a eleição em 2018 foi em 7 de outubro, um mês antes. Tirou Bolsonaro dos principais debates, deu a ele a desculpa para não ir e não dar entrevistas. Ajudou Bolsonaro a não ser exposto.

Trump é uma figura altamente exposta. As rejeições lá são altamente cristalizadas. Esse evento energiza a campanha dele e isso é importante, porque o voto é facultativo e precisa mobilizar sua base para ir votar.

Como foi o atentado

Siga UOL Notícias no

Trump discursava a apoiadores quando foi alvo de disparos. Nos vídeos que registraram o momento, é possível ouvir os tiros e, logo depois, Trump leva a mão à orelha e se abaixa. Em seguida, agentes do Serviço Secreto correm para protegê-lo no palanque. O comício era realizado em Butler, no estado da Pensilvânia.

Continua após a publicidade

Imagens mostram que parte da orelha de Trump sangrou. Quando foi retirado do local por seguranças, o republicano ergueu o punho em direção à multidão. "Senti a bala rasgando a pele", escreveu Trump em uma rede social.

Duas pessoas morreram, sendo uma delas o atirador. O atentado está sendo investigado como possível ato de terrorismo doméstico. De acordo com Anthony Guglielmi, chefe de comunicação do Serviço Secreto, os disparos foram feitos de uma "posição elevada" fora do comício, e o atirador foi "neutralizado" por agentes. Outras duas pessoas ficaram gravemente feridas.

Presidente Lula (PT) classificou o episódio como 'inaceitável'. "O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável", publicou Lula no X (ex-Twitter).

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Continua após a publicidade

Veja a íntegra do programa:

Deixe seu comentário

Só para assinantes