Brasileiro é capturado como prisioneiro de guerra pela Ucrânia, diz site
Do UOL, em São Paulo
11/09/2024 13h09Atualizada em 11/09/2024 17h24
Um brasileiro é mantido como prisioneiro de guerra pela Ucrânia após ser capturado enquanto lutava pelo Exército russo. A informação é do site Metrópoles.
O que aconteceu
Família diz que homem foi alistado sem consentimento. Eles procuraram a Embaixada do Brasil em Moscou em agosto, relatando que o homem foi forçado a ser soldado e lutar no front de batalha, onde foi capturado. A identidade dele não foi divulgada.
Brasileiro tentou explicar aos ucranianos que foi enganado com uma falsa promessa. "Ele afirma que não iria lutar, pois foi recrutado como funcionário por uma empresa russa, e estava indo à Rússia trabalhar, não para a guerra. Mas foi levado ao front como bucha de canhão", afirmou o militar Petro Yatsenko, representante da Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia, ao Metrópoles.
A informação foi confirmada por diplomatas do Brasil, diz o site. Fontes ligadas ao caso também contaram que a Ucrânia não comunicou a prisão à embaixada brasileira em Kiev. Ao UOL, uma fonte ligada à pasta disse que foi recebida uma denúncia de familiares, e que a embaixada apura detalhes junto ao governo ucraniano.
A relação entre Brasil e Ucrânia piorou ao longo da guerra. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky cobra publicamente um posicionamento de Lula (PT) desde que ele assumiu o governo, mas o Itamaraty tem desconversado e pedido "solução pelo diálogo", o que irrita o ucraniano.
Lula tem falado pouco no assunto, mas mantém a solução de duas vias. Quando trata da guerra, diz que condena a invasão russa e que o governo brasileiro busca a paz, mas não tem mais procurado intervir.