Morte de nº 1 do Hamas: Biden diz que 'obstáculo não existe mais'; reações

O presidente norte-americano, Joe Biden, e outros líderes internacionais se manifestaram após a morte de Yahya Sinwar, número 1 do Hamas, anunciada pelas Forças Armadas de Israel nesta quinta-feira (17).

O que aconteceu

Para Biden, a morte de Sinwar significa que hoje "é um bom dia para Israel, para os EUA e para o mundo". O democrata apontou que o caso é uma nova "oportunidade" para libertar os reféns mantidos pelo Hamas desde a invasão de Israel em 7 de outubro de 2023. Ele destacou que o assassinato "prova mais uma vez que nenhum terrorista em lugar nenhum do mundo pode escapar da justiça, não importa quanto tempo leve".

Danny Danon, embaixador de Israel na ONU (Organização das Nações Unidas), declarou que nenhum terrorista está imune ao "longo braço da IDF (Forças de Defesa de Israel, em português)". "Não vamos parar até trazermos para casa todos os nossos reféns e eliminarmos os monstros do Hamas."

Presidente francês, Emmanuel Macron, comentou a morte e voltou a exigir a libertação de todos os reféns mantidos pelo grupo. "Yahya Sinwar foi o principal responsável pelos ataques terroristas e atos bárbaros de 7 de outubro. Hoje, penso com emoção nas vítimas, incluindo 48 de nossos compatriotas, e seus entes queridos."

Ministra das relações exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, definiu Sinwar como um "assassino brutal e terrorista". Ela acrescentou que o homem queria destruir Israel e o seu povo e, como mentor do ataque, "trouxe a morte a milhares de pessoas e sofrimento imensurável a uma região inteira". "O Hamas deve agora libertar todos os reféns e depor suas armas, o sofrimento do povo em Gaza deve finalmente acabar."

Ministro das relações exteriores da Itália, Antonio Tajani, apontou que Israel pode ter agido em legítima defesa contra os "terroristas do Hamas". Já o secretário de defesa do Reino Unido, John Healey, falou que não lamentaria a morte de alguém como Sinwar, acrescentando que o ataque do ano passado foi o "dia mais sombrio e mortal para o povo judeu desde a Segunda Guerra Mundial" e também desencadeou um conflito que deixou um nível intolerável de baixas civis palestinas.

Anúncio da morte

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto por forças de defesa israelenses nesta quinta-feira (17). A informação foi dada pelas Forças de Defesa de Israel.

Morte foi confirmada após teste de DNA. Os exames, que analisaram a arcada dentária de Yahya, foram feitos em Jerusalém.

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"Justiça foi feita", afirmou Israel. O governo israelense republicou a confirmação da morte de Yahya nas próprias redes sociais. A expectativa é de que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu faça um pronunciamento às 20h30 no horário local (14h30 no horário de Brasília).

Sinwar estava com outros dois membros do Hamas em Tal as Sultan, perto de Rafah, no sul do enclave. Segundo as Forças de Defesa de Israel, soldados mataram três homens armados e só desconfiaram da identidade do líder do Hamas após o assassinato.

Operações na área onde ele estava "restringiram o movimento operacional" de Yahya. Segundo as IDF, ele teria se escondido em túneis subterrâneos e em casas na região de Rafah, onde morreu.

O líder do Hamas é apontado como "arquiteto" do ataque terrorista de 7 outubro. Segundo o canal Al Jazeera, ele era considerado "inimigo número 1" de Israel desde então.

As forças de defesa de Israel (IDF) e a Agência de Segurança de Israel (ISA) confirmaram que, após um ano de perseguição, ontem (quarta-feira, 16 de outubro de 2024), soldados da IDF do Comando Sul eliminaram Yahya Sinwar, o líder da organização terrorista Hamas, em uma operação no sul da Faixa de Gaza.
IDF, em nota

Quem é Yahya Sinwar

O líder do Hamas tinha 62 anos e nasceu em Khan Younis. Ele se uniu ao grupo extremista em 1987, pouco após a fundação do Hamas.

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Pais dele foram alocados para campo de refugiados após criação de Israel. Eles eram moradores de Majdal Askalan, que tornou-se Ashkelon em 1948.

Condenado a 426 anos de prisão. Sinwar foi preso diversas vezes pelas Forças de Defesa de Israel por envolvimento na captura e no assassinato de soldados israelenses e de palestinos suspeitos de espionagem para o país vizinho.

Ele foi solto em um acordo de troca de prisioneiros em 2011. Durante seus 23 anos preso, ele aprendeu hebraico e se aprofundou em assuntos de política interna do país.

Sinwar assumiu a liderança do grupo em 2017 no lugar de Ismail Haniyeh, morto em Teerã. O antigo líder do grupo extremista foi assassinado no fim de julho, quando cumpria agenda no Irã.

(Com informações da Reuters e da estação de televisão WPLG)

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