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Ataque do Hezbollah deixa ao menos cinco mortos em Israel, diz prefeito

Ataque ocorreu na cidade de Metula, segundo o Canal 12 Imagem: Canal 12/Reprodução de vídeo

Do UOL, em São Paulo

31/10/2024 08h51

Pelo menos cinco pessoas morreram em um ataque do Hezbollah à cidade de Metula, em Israel. A informação foi confirmada pelo prefeito da cidade, David Azulai, à AFP.

O que aconteceu

Mortos são quatro trabalhadores tailandeses e um fazendeiro israelense. Até o momento, as Forças de Defesa de Israel não se pronunciaram sobre o assunto após a confirmação das mortes.

Uma pessoa ficou gravemente ferida. Vídeos publicados nas redes sociais mostram um homem sendo socorrido ao Rambam Health Care Campus, em Haifa. Ele era outro trabalhador estrangeiro e foi atingido por estilhaços, segundo o canal 12.

Ataque aconteceu em área rural da cidade. Segundo o jornal Haaretz, o local do ataque é considerado uma área militar, mas o Exército permite a passagem de trabalhadores de fazendas no local.

Mísseis lançados do Líbano cairam em área desabitada nesta quinta, diz Exército. Mais cedo, as IDF informaram que dois "projéteis" lançados pelo país vizinho caíram em uma área sem moradores.

Líbano se diz 'otimista' com possibilidade de cessar-fogo

Ataque desta quinta ocorre um dia após primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, afirmar que espera cessar-fogo "nas próximas horas ou dias". "Estamos fazendo tudo o possível (...) para conseguir um cessar-fogo nas próximas horas ou em dias", afirmou Mikati. Declaração foi feita em uma entrevista ao canal libanês Al Jadeed.

Cessar-fogo seria possível antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, em 5 de novembro. Mikati disse que o representante dos Estados Unidos Amos Hochstein, sinalizou, durante um telefonema hoje que cessar-fogo pode ocorrer antes das eleições dos EUA. "No telefonema hoje com Hochstein, ele sugeriu que talvez pudéssemos alcançar um cessar-fogo nos próximos dias, antes do dia 5 de novembro, disse o premiê.

Funcionários americanos do alto escalão viajaram na quarta-feira a Israel. O objetivo da viagem é avançar nas negociações de acordos que encerrem a guerra na Faixa de Gaza e no Líbano, confirmou o Departamento de Estado. Amos Hochstein, responsável americano para tratar do conflito entre Israel e Líbano, e Brett McGurk, o principal funcionário da Casa Branca para o Oriente Médio, liderarão as conversas com Israel.

Novo líder do Hezbollah diz que grupo continuará no caminho da guerra

Naim Qassem, novo chefe do Hezbollah Imagem: Mohamed Azakir / Reuters

O chefe do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o grupo continuará no caminho da guerra. Em seu primeiro discurso como líder do grupo libanês nesta quarta-feira (30), Qassem disse que o grupo estava envolvido num "grande projeto" que não era puramente uma "guerra israelenese no Líbano e em Gaza", mas sim uma "guerra de Israel, dos Estados Unidos e da Europa, guerra mundial."

"Continuaremos nosso plano de guerra dentro das estruturas políticas delineadas. Permaneceremos no caminho da guerra. Podemos continuar a lutar por dias, semanas e meses", afirmou Naim Qassem.

Ele não descartou um possível cessar-fogo. Mas alertou que será difícil chegar a um consenso entre o Hezbollah e Israel. "Se os israelenses decidirem que querem parar a guerra, dizemos que aceitamos. Mas com as condições que considerarmos adequadas. Até agora não há nenhuma proposta que Israel aceite para nos ser oferecida para discussão", afirmou em discurso.

Israel intensificou os bombardeios contra posições do Hezbollah no Líbano desde 23 de setembro. Paralelamente, uma ofensiva terrestre lançada em 30 de setembro no sul do país. Israel afirma que quer neutralizar o grupo xiita nesta região fronteiriça para permitir o retorno de 60 mil habitantes do norte do país que foram deslocados pelos disparos de foguetes do grupo libanês há mais de um ano.

Pelo menos 1.754 pessoas morreram no Líbano desde 23 de setembro nas operações terrestres e aéreas de Israel.

*Com AFP

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