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Opositor de Maduro morre após ter atendimento negado em prisão na Venezuela

Jesús Martínez Medina foi preso um dia após a eleição; ele atuou como testemunha eleitoral Imagem: Reprodução/Redes sociais

Colaboração para o UOL

14/11/2024 17h48

O opositor venezuelano Jesús Manuel Martínez Medina, detido um dia após as eleições presidenciais do país, em 29 de julho, morreu nesta quinta-feira (14), após ter atendimento médico negado na prisão.

O que aconteceu

Medina estava na sede da polícia em Lechería, onde sofreu maus-tratos e falta de atendimento médico para tratar a diabete, segundo o jornal venezuelano El Nacional. Como resultado da falta de cuidados médicos, surgiram abcessos na perna do opositor, que causaram infecção em sua perna.

Eduardo Battistini, exilado político da oposição, também falou da morte de Medina em suas redes sociais. "Lamentamos profundamente a trágica morte de Jesús Manuel Medina, um jovem venezuelano preso injustamente pela ditadura de Maduro desde 28 de julho".

Ele afirmou que o crime de Medina foi ter sido testemunha eleitoral de Edmundo González nas eleições, "um direito fundamental que o regime transformou em motivo de perseguição". "Jesus passou os seus últimos dias na prisão, vítima de um sistema que pune a verdade e a esperança de mudança".

María Corina Machado, uma das líderes da oposição, também lamentou a morte em suas redes sociais. "Mais um crime de Maduro e seu regime. Ele morreu pelas mãos deles, morreu por causa das condições desumanas em que foi mantido cativo".

Em 10 de novembro, a Plataforma Democrática Unitária denunciou a grave situação de saúde de Jesús Martínez Medina e alertou que estes casos "são tragicamente vistos com graves consequências por não receberem atenção médica aquém das notas". "Exigimos justiça, atenção médica imediata aos detidos e liberdade. Negar cuidados médicos atempados é uma violação clara dos direitos humanos e implica responsabilidade individual para aqueles que devem fornecê-los", denunciou a coligação da oposição.

A presidente da organização de direitos humanos Instituto Casla, a advogada venezuelana Tamara Suju, também considera que a situação de Medina se agravou por conta dos maus-tratos sofridos na prisão. "Há alguns dias, as pessoas pediram atendimento médico especializado e urgente, já que ele apresentava necrose nas pernas devido a diabete que sofria, agravado pelos maus-tratos sofridos, pela falta de assistência médica e pelas condições desumanas da prisão".

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