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Sakamoto: Nora de Trump mente ao comparar sogro com Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo

04/12/2024 18h47

A ex-apresentadora Lara Trump, nora de Donald Trump, presidente eleito nos Estados Unidos, mentiu ao falar sobre processos eleitorais e traçar comparações entre o sogro e Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente brasileiro, opinou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News, do Canal UOL, nesta quarta-feira (4).

Durante a CPAC (Conferência da Ação Política Conservadora), realizada na Argentina, Lara Trump insinuou supostos inimigos e colocou em dúvida o processo eleitoral, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. "Está claro. Na América, os democratas tentaram deixar Donald Trump fora da luta. Vimos isso no Brasil, com Bolsonaro, e é o mesmo jogo, o mesmo inimigo da democracia. A solução a curto prazo é continuar a lutar", disse a co-presidente da organização Republicana.

No UOL News, Sakamoto repercutiu o comentário feito por Lara e disse que o discurso da extrema direita sempre aponta para o "sistema", que quase manteve Trump fora da eleição americana.

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A integridade do sistema eleitoral é um dos pilares da democracia. Para um país, para qualquer lugar, se você quiser viver uma democracia, tem que ter um sistema eleitoral limpo. Mas, exatamente por causa disso, a extrema direita em todo o mundo bate no sistema eleitoral limpo chamando-o de sujo, de forma a criar ruídos quando ela perde.

Esse discurso da nora do Trump dizendo 'olha, poderia ter acontecido com o Trump o que aconteceu com o Bolsonaro' ignora que as justiças dos dois países são bastante diferentes. Lá, o Trump poderia ficar inelegível, caso houvesse uma Lei da Ficha Limpa, mas não há.

De acordo com Sakamoto, Lara Trump distorce a realidade ao afirmar que o sistema manteve Bolsonaro fora do jogo, ignorando os crimes eleitorais cometidos pelo ex-presidente pelos quais foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

A extrema-direita acaba apontando sempre para o grande inimigo que é o sistema. Quem é o sistema? São todos aqueles que eles colocam como inimigos da extrema-direita. Para ela, esse sistema manteve o Bolsonaro fora injustamente e quase manteve Trump fora também.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Evento conservador na Argentina

A CPAC, lançada em Buenos Aires com shows de tango e fortes alusões à "liberdade" na noite de terça-feira, é estrelada pelo presidente Javier Milei, um economista que era um outsider da política até ganhar a Presidência da Argentina há um ano.

Entre os principais participantes internacionais da reunião estão Lara Trump, apresentadora de TV e nora do presidente eleito dos EUA; o deputado federal brasileiro Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e líderes da Hungria.

Lara, 41 anos, casada com Eric Trump, terceiro filho de Trump, foi uma das escolhidas para fazer o discurso na convenção: durante a apresentação, Lara Trump dançou com Milei e outros líderes ao som de uma música do Village People.

Assista abaixo aos UOL News na íntegra:

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