Chanceler chama deportação dos EUA de 'trágica' e cria acolhimento em MG

O chanceler Mauro Vieira chamou de "trágica" a operação de deportação de brasileiros dos Estados Unidos, realizada na semana passada. O governo Lula (PT) anunciou a criação de um posto de acolhimento em Minas Gerais.

O que aconteceu

Os EUA deportaram 88 brasileiros na última sexta (24), cumprindo a promessa do novo presidente, Donald Trump. A chegada estava prevista para a noite no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, mas a aeronave teve de pousar em Manaus em uma escala após problema no ar-condicionado. A viagem só terminou na noite de sábado (25).

"Essa operação foi trágica justamente pela questão de um problema mecânico no avião", disse Vieira, em coletiva após reunião com o presidente Lula. Os passageiros desceram algemados no aeroporto manauara e as algemas só foram retiradas por ordem da Polícia Federal.

"Evidentemente que em solo nacional não pode haver brasileiros algemados", completou Vieira. Segundo ele, o governo está trabalhando "junto às autoridades americanas" para que a transferência seja "feita de acordo com a legislação brasileira e com as normas de segurança e de acolhimento dentro de uma aeronave".

Isso deverá incluir um acordo informal entre os dois países para que o trajeto seja feito de forma digna. "As tratativas são para que as famílias não venham separadas e garantir as condições de água, comida e temperatura", exemplificou a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.

O governo criará ainda um centro de acolhimento humanitário em Confins para atender às famílias. Segundo o Itamaraty, ainda não há previsão para a chegada de novos voos dos Estados Unidos, mas deve haver em breve. Só nos últimos cinco anos, por exemplo, foram mais de 7.600 foram repatriados.

Segundo Evaristo, o governo está negociando com a iniciativa privada para conseguir empregos para os repatriados. "Já recebemos sinalizações de algumas empresas que têm interesse em dialogar conosco para poder também pensar em mecanismos de inclusão produtiva e no mundo do trabalho para essas pessoas", afirmou a ministra.

Na última segunda (27), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, já havia pedido "dignidade" aos deportados. Para ele, os brasileiros foram submetidos a "constrangimentos absolutamente inaceitáveis".

O governo divulgou ainda que nenhum dos deportados tem pendências com a Justiça brasileira. De acordo com o Ministério da Justiça, não há condenados no Brasil entre os deportados e nenhum deles tem mandado de prisão em aberto ou é considerado foragido. No entanto, o governo não informou se os deportados têm pendências com a Justiça dos EUA.

73 comentários

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Jose Edilson Torres Batista

Nada diferente dos 32 voos de deportação do governo Biden. Segue o bonde e deixa de Mi-mi-mi.

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Antônio Gomes Carneiro Júnior

SERÁ QUE NÃO SERIA MELHOR PARA AS PESSOAS DO NOSSO BRASIL VARONIL, QUE AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS COMPETENTES DO BRASIL RECOMENDASSEM E INSTRUÍSSEM OS CIDADÃOS BRASILEIROS A POSTULAREM UMA IMIGRAÇÃO LEGAL, PARA NÃO SEREM CONSIDERADOS BANDIDOS NO EXTERIOR???     RSRSRSRSRS     OU NÃO????

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Cesar Augusto Miott

Este canhoto de B*..... , e a gente pagando o salário de um desprezivel deste, e os 7MILHOES de Venezuelanos que tiveram que sair do pais, não há um comentário sequer deste hitamarati, vergonhoso. POLITIZARAM A CHANCELARIA TAMBÉM, tudo isso tem preço

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