Peru descobre 150 novas espécies de flora e fauna
O Peru confirmou sua condição de reserva inesgotável de biodiversidade ao descobrir em seu território 150 novas espécies naturais - aceitas em 2015 pela comunidade científica internacional.
Entre as descobertas publicadas nas revistas científicas, estão 71 plantas, 33 espécies de fauna terrestre, seis peixes de água doce, peixes de água salgada, insetos, entre outros, disse à AFP a chefe da Direção de Gestão de Conhecimento do Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre (Serfor), Jessica Amanzo Alcántara.
"Podemos falar de umas 150 descritas e publicadas em 2015, pelo que se pode assegurar o país como um local megadiverso e com uma grande contribuição ao mundo", afirmou a especialista.
O Peru é um dos 17 países chamados de megadiversos, que têm, juntos, a maior riqueza ecológica e abrigam, em seu conjunto, mais de 70% da biodiversidade do planeta, segundo o Centro de Monitoramento da Conservação do Ambiente, organismo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma, na sigla em inglês).
Os achados
Entre os novos achados, estão o macaco-tití marrom, que habita as florestas de Urubamba, região de Cusco; a rã andina dourada da região Huancavelica; a rã da madressilva - que parece uma folha seca - também em Cusco; e a "rã demônio" de Huánuco, de cor vermelha e aspecto diabólico, apesar de seu pequeno tamanho.
Também estão listados o rato orelhudo ocidental, localizado na região andina de Ancash; o lagarto "Enyalioides anisolepis", da região de Cajamarca; a cobra-cega de García de Cajamarca; e o peixe carachama nariz de goma de duas frentes, localizado em Tumbes.
"Nos últimos anos, nota-se um avanço importante na descoberta de novos exemplares, não necessariamente porque estão aparecendo, ou pelo desmatamento, mas sim porque agora existe uma preocupação das entidades privadas, universidades particulares e públicas em fazer trabalhos de campo a longo prazo", precisou Amanzo.
A especialista detalhou que os recentes exemplares aceitos no ano passado "tiveram primeiro que passar por um estudo taxônomo (a ciência que estuda a classificação das espécies) após fazer comparações com outras parecidas, verificações e finalmente publicá-las em revistas científicas de alto nível".
Aparecem ainda o condor de Cárdenas dos Andes; a lagartixa andina, de Machu Picchu; o papagaio de cabeça turquesa do Amazonas; além de uma espécie de árvore "Polylepis" (arbusto de casca composto por múltiplas folhas que se desprendem); e de um tipo de orquídea, em Junín.
Amanzo esclareceu que se toma como a "data de nascimento" da espécie o ano da publicação da investigação.
Para proteger suas espécies, o Peru se comprometeu em 2009, diante de organismos internacionais, a conservar 54 milhões de hectares de florestas até 2021 - de um total de 74,2 milhões de hectares - que permitem absorver o gás carbônico do meio ambiente, um dos causadores do aquecimento global.
O Serfor registra 1.852 espécies de aves, das quais 105 são consideradas endêmicas; e 508 classes de mamíferos, dos quais 65 são espécies endêmicas.
Há ainda 437 grupos de répteis, 588 variedades de anfíbios (278 endêmicos) e 400 exemplares de borboletas.
Na flora, existe uma lista de 21.954 espécies de plantas, entre elas quatro mil orquídeas.
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