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Em meio a onda de calor, Itália registra 5 mortes devido incêndios florestais

12/08/2021 14h30

Roma, 12 ago (EFE).- Os incêndios florestais no sul da Itália já provocaram cinco mortes e provocaram a evacuação de vários municípios e áreas consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira pelas autoridades locais.

As chamas estão sendo registradas, principalmente, em áreas de vegetação na Sicília, Sardenha e, sobretudo, na Calábria, onde viviam as três vítimas notificadas mais recentemente, entre elas, um homem de 77 anos, que estava na casa de campo que possuía, na província de Reggio Calabria.

Além disso, outro idoso, de 79 anos, foi encontrado morto dentro da residência, em Cardeto, também na Calábria. O terceiro caso é de um fazendeiro atingido por um trator, enquanto combatia as chamas que se aproximavam da casa em que vivia, em Paternò, na Sicília.

Atualmente, uma forte onda de calor registrada no Mediterrâneo está causando a semana mais quente do ano na Itália, especialmente, nas regiões sul e centro-oeste do país, que estão em estado de alerta até o fim de semana, pelo menos, com temperaturas que superam os 45 graus.

Na Sicília, onde o vento tem alimentado as chamas dos incêndios florestais, que já chegaram a algumas localidades habitadas, as cidades de Petralia, Soprana e Polizzi Generosa, nas áreas da Madonie, Linguaglossa no Etna, e Pergusa, na área de Enna, precisaram ser evacuadas.

O presidente da Sicília, Nello Musumeci, já decretou estado de emergência na região, para que seja enviada ajuda para cerca de 5 mil pessoas que estão trabalhando para combater o fogo.

"Apagamos um incêndio e, um segundo depois, se abre outro a quilômetros de distância", lamentou Salvo Cocina, chefe da Defesa Civil da Sicília.

O subsecretário de Interior da Itália, Carlo Sibilia, anunciou hoje o envio imediato de reforços para a Calábria, onde chegarão mais 130 bombeiros provenientes das regiões do Lácio, Lombardia, Toscana, Marcas, Vêneto e Emiglia-Romana, além de homens do Exército.

"Estamos perdendo nossa história, nossa identidade está se reduzindo a cinzas, nossa alma autêntica arde em silêncio geral", escreveu o prefeito de Reggio Calabria, Giuseppe Falcomatà, que estimou os danos provocados pelos incêndios como "incalculáveis".

Segundo um informe divulgado pela maior associação de agricultores da Itália, desde o início do ano, o fogo já consumiu 102.933 hectares de vegetação, em uma superfície equivalente a 140 mil campos de futebol.

De 2008 até o ano passado, a média de número de queimadas no país foi de 28.479, o que já foi superado em quatro vezes desde o início de 2021.

Devido a onda de calor, além disso, a cidade de Siracusa, na ilha da Sicília, registrou temperatura de 48,8 graus, segundo o Serviço Informativo Agrometeorológico (SIAS) do governo regional, o que representaria o novo recorde na Europa.

Até hoje, a maior marca foi de 48 graus, verificada em Atenas, na Grécia, em 1977. EFE

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