China e EUA anunciam acordo para reforçar ações climáticas nesta década
"Comprometemo-nos a fortalecer a ação climática na década de 2020 (...) para alcançar os objetivos do Acordo de Paris", anunciou o negociador chinês Xie Zhenhua em uma entrevista coletiva.
As duas potências reconheceram em um comunicado que existe uma "lacuna entre os esforços atuais e os objetivos" do Acordo de Paris para evitar que as temperaturas no final do século aumentem mais de 2°C e para tentar limitar o aumento a 1,5°C.
O anúncio foi feito dois dias antes do final das negociações da cúpula climática de Glasgow, onde as partes buscam levar adiante o Acordo de Paris, de 2015.
No texto, China e EUA reconhecem "a urgência e a gravidade da crise climática" e se comprometem "individualmente, conjuntamente e com outros países durante esta década crítica, de acordo com as diferentes circunstâncias nacionais", a trabalhar para evitar os "efeitos catastróficos" da crise.
Isso inclui "acelerar a transição verde de baixo carbono e a inovação tecnológica climática" em direção a "uma economia global de zero emissões líquidas" e, para este fim, as partes continuarão o diálogo tanto na COP26 "como além", sobre "ações concretas".
Para este fim, os dois países vão cooperar "em marcos regulatórios e normas ambientais" para 2030 e no desenvolvimento de "políticas para promover a descarbonização e eletrificação", bem como para promover "a economia circular", "os projetos verdes e o uso de recursos renováveis", além da implantação de tecnologias de captura e armazenamento de CO2.
Para reduzir as emissões de CO2, a China, maior emissora de dióxido de carbono, e os Estados Unidos, segundo país que mais emite, disseram que pretendem cooperar em políticas para integrar "uma alta parcela de energia renovável".
Eles se referiram à energia solar, ao armazenamento e a "outras soluções de energia limpa", bem como aos "padrões de eficiência energética", e disseram que os EUA vão manter o objetivo de "atingir 100% de produção de energia elétrica livre de carbono até 2035" e que a China fará "todos os esforços" para "reduzir gradualmente o consumo de carvão".
Pequim e Washington também citaram o "papel importante das emissões de metano no aumento da temperatura" e que pretendem reduzi-las na década atual.
Eles declararam a intenção de desenvolver "medidas adicionais para melhorar o controle" dessas emissões antes da conferência climática de 2022.
Os Estados Unidos anunciaram durante a cúpula climática de Glasgow a meta de reduzir suas emissões de metano em pelo menos 30% até 2030, e a China se comprometeu a desenvolver um plano "abrangente e ambicioso" para "alcançar um impacto significativo no controle e redução das emissões de metano na década de 2020".
Washington e Pequim também reconheceram que "eliminar o desmatamento global ilegal contribuiria significativamente para o esforço de atingir os objetivos de Paris". Por isso, ressaltaram a intenção de trabalhar em conjunto "para apoiar a eliminação" desta prática "através da implementação efetiva de suas respectivas leis de proibição de importações ilegais".
Por fim, as duas potências apoiaram "um resultado ambicioso, equilibrado e inclusivo sobre mitigação, adaptação e apoio" na COP26 que envie "um sinal claro" para os signatários do Acordo de Paris. EFE
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