El Niño terá pico entre dezembro e janeiro: veja pra onde o calorão voltará
Do UOL, em São Paulo
06/12/2023 04h00
O verão começa, oficialmente, no dia 22 de dezembro às 00h27 (horário de Brasília). Mas o calor já está presente nas altas temperaturas por influência do El Niño há alguns meses.
O fenômeno terá seu pico entre dezembro e janeiro, com aumento de chuvas em algumas partes do país.
No mapa acima, vê-se que só parte do Rio Grande do Sul terá temperaturas dentro da média. Todas as regiões do país terão termômetros "um pouco acima da média", com uma faixa vermelha escura, que indica um calor mais extremo, espalhando-se principalmente na parte central do país - mas atingindo estados de Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além do norte de Minas Gerais.
Como será o clima em dezembro?
Sul
Região Sul vai ter chuvas acima da média. Há risco de problemas com enchentes de rios, principalmente na fronteira com a Argentina, de acordo com o Climatempo.
Paraná será o estado menos afetado da região Sul. No entanto, precipitação volumosas vão acontecer e a área deve terminar o mês o acumulado acima da média histórica. Norte e oeste do Paraná e o extremo oeste de Santa Catarina têm possibilidade de maiores ondas de calor.
São esperadas até quatro frentes frias no Sul ao longo do mês. Centro-sul da região e o oeste do Rio Grande do Sul devem ser as regiões mais afetadas, com ar frio e dias com muita nebulosidade.
Sudeste
Região Sudeste tem chuva mais frequente e volumosa, principalmente no oeste e sul de São Paulo, Triângulo Mineiro, sul de Minas e extremo sul do Rio de Janeiro. Em geral, as precipitações vão ser provocadas por ondas de calor e alta umidade.
Cidade de São Paulo terá fins de tarde chuvosos, com concentração no final da primeira quinzena e início da segunda, ainda de acordo com o Climatempo. As pancadas também devem afetar as regiões de São Carlos e Campinas, podendo causar transtornos.
Sul do Rio terá chuva irregular ao longo do mês, com episódio de chuva forte e veranicos. Períodos de pouca chuva e calor intenso vão afetar todas as áreas do estado, e boa parte de Minas Gerais e Espírito Santo. Essas regiões também devem ter dias de calor extremo.
Centro-oeste
Risco de temporais se concentra no sul e leste do Mato Grosso do Sul, onde a chuva deve ficar acima da média histórica. Outras regiões do estado, como o Pantanal, devem ter chuvas abaixo da média - a possibilidade é de temperaturas acima de 40ºC.
Pancadas motivadas pelo calor e alta umidade no Mato Grosso. Com a chuva irregular, o estado deve registrar sol forte e manter as temperaturas mais elevadas do que o normal para a região. Maior probabilidade de calor é para o oeste do estado.
Goiás e Distrito Federal tem previsão de chuva dentro da normalidade, principalmente na forma de pancadas. Nebulosidade e chuvas frequentes não devem ser esperadas, segundo o Climatempo.
Nordeste
Aumento do volume de chuvas em parte do Nordeste, como Maranhão, sul do Piauí, oeste e sul da Bahia. De forma menos expressiva atinge também a costa norte do país, entre Maranhão e Ceará.
Aumento das condições de chuva provém do fluxo de umidade da Amazônia e da aproximação da Zona de Convergência Intertropical. Temperaturas entre Atlântico Tropical Norte e Sul serão mais homogêneas.
Chuva dentro da normalidade para o mês em boa parte da região, como interior do Ceará, Rio Grande do Norte, oeste da Paraíba e Pernambuco e parte do interior do Piauí. As temperaturas podem ficar acima da média em todas as áreas da região.
Norte
Chuva aumenta na região Norte, mas não deve atingir a média para o mês. Áreas do curso do rio Solimões, do Paraná até a fronteira com a Colômbia, devem ter volume abaixo do normal para o período, segundo o Climatempo.
Roraima e oeste do Amazonas devem ter chuva mais frequente, e devem terminar dezembro dentro da normalidade, o que pode impactar as cotas do rio Negro de forma positiva.
Chuva aumenta, mas calor intenso também - o que pode pesar contra o aumento das chuvas. Todas as áreas do Norte devem ter temperaturas acima do esperado para o mês. No entanto, os termômetros não vão atingir uma situação extrema como a observada em setembro e outubro.