Ansioso, estressado, feliz: 5 comportamentos que revelam o que cães sentem
Colaboração para Meio Ambiente
22/08/2024 15h27
Os cães não falam, mas seus movimentos e atitudes comunicam o que sentem. Por isso, decifrar as variações do comportamento do animal é importante, seja para tranquilizar o cão ou até saber a hora de parar uma brincadeira de que ele não está gostando.
Sinais universais
De modo geral, os cachorros reagem às sensações e estímulos segundo um padrão. Mas algumas raças podem apresentar variações deste "alfabeto" por conta de características físicas específicas, como é o caso dos animais com orelhas muito compridas (beagle e Cocker, por exemplo).
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"Esses traços mascaram e dificultam a expressão corporal. Não só as pessoas, mas também outros cães, podem ter dificuldade para 'ler' os comportamentos desses animais", afirma Ricardo Tamborini, adestrador e especialista em comportamento canino.
Alguns dos comportamentos mais comuns
Cão feliz
Para saber o que seu cãozinho quer dizer, basta observá-lo com atenção. De modo geral, quando estão felizes, os cachorros tendem a "sorrir" com a boca aberta e relaxada. O olhar é calmo e o rabo costuma balançar. As orelhas também ficam relaxadas, exceto nos animais que possuem orelhas em pé permanentemente.
Cão ansioso
Os cães não costumam esconder quando estão ansiosos, emitindo sinais claros como se lamber ou coçar excessivamente, tremer sem motivo aparente e/ou latir sem propósito claro.
O adestrador Ricardo Tamborini alerta que um erro comum é associar uma eventual tremedeira, de forma simplista, ao medo ou ao frio.
"Não podemos esquecer que os cães tremem por ansiedade. No pico, os batimentos cardíacos se elevam aumentando o bombeamento do sangue, que acarreta maior irrigação nos vasos musculares e desencadeia certo enrijecimento muscular, causando tremores", diz.
Outro comportamento que indica ansiedade — e que costuma tirar os donos do sério — é a compulsão por roer ou destruir brinquedos e objetos da casa.
Cão agressivo
Olhar fixo, boca fechada, corpo imóvel e, às vezes, em posição de ataque. Este é o modelo base da agressividade, diz o zootecnista Renato Zanetti. Nesses momentos, os animais tendem a rosnar, a manter as orelhas para cima ou bem apontadas para trás (em sinal de alerta) e a cauda erguida e rígida.
Cão estressado
Quando o cão insiste em ficar escondido em algum lugar ou muda hábitos bruscamente (por exemplo, começa a fazer xixi fora do local), o tutor precisa ficar atento porque esses comportamentos são indicadores de estresse.
O animal estressado pode também evitar contato próximo com as pessoas, desviar o olhar e caminhar com o corpo arqueado, a cabeça abaixada e o rabo entre as pernas. Se o bicho chega a rejeitar os petiscos que normalmente adora, o grau de estresse deve estar elevado.
"As causas para tamanho desconforto podem ir do medo à dor decorrente de alguma enfermidade", afirma a veterinária Juliana Packness de Almeida. Porém, é comum que o estresse por doença venha acompanhado de outros sinais como secreção nos olhos e no focinho, fezes pastosas ou líquidas (muitas vezes com sangue), falta de apetite e prostração.
Volta em torno de si antes de deitar
O comportamento é uma herança ancestral do lobo, motivado pela necessidade de sentir a direção do vento e dessa forma se proteger dos inimigos. A ideia é deitar de costas para o vento e se posicionar de frente para o inimigo, pronto para a defesa.
*Com informações de reportagem publicada em 18/04/2016