O corregedor-nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, afastou Gabriela Hardt e outros três magistrados de seus cargos na Justiça do Paraná. A decisão vai ser avaliada pelos outros conselheiros do CNJ amanhã (16). Hardt ficou conhecida por emitir textos curiosamente semelhantes aos de seu ex-colega Sergio Moro. Salomão determinou seu afastamento por discutir previamente com procuradores da Lava Jato as decisões que tomaria e por ajudar na tentativa de criação de uma fundação de direito privado com recursos pagos por multas da operação. Josias de Souza acende um alerta para o ex-juiz: "Caso o CNJ avalize a decisão de Luís Salomão, abre-se o caminho para a formulação de uma notícia-crime junto à Procuradoria-Geral da República para apurar a ocorrência dos crimes de peculato, prevaricação e corrupção passiva na gestão dos recursos recuperados pela Lava Jato em acordos de colaboração e leniência firmados com corruptos e corruptores que confessaram desvios na Petrobras". O ministro do STF Gilmar Mendes, em entrevista ao UOL News, também fez considerações sobre Moro. Para o decano do tribunal, Moro acreditou demais na imagem de "Deus" que foi construída para ele. Depois de um tempo, já com os dois pés na política, "achou que era bom ter interlocução até com pessoas que, no passado, tipificava como inimigo ou adversário". PUBLICIDADE | | |