Em política, como na vida, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, desde que a galinha não seja golpista. Alheio às evidências que levaram a Polícia Federal a colocar Bolsonaro para ciscar como indiciado dentro do inquérito sobre a trama do golpe, Tarcísio de Freitas exagerou no comedimento. Desafiando a teoria de Darwin, Tarcísio tratou realidade como ficção: "Há uma narrativa disseminada contra Bolsonaro e que carece de provas." Recusando-se a aceitar Copérnico, o governador manteve a mão direita na alça do caixão do criador e os pés no mundo da Terra Plana, onde o mito "respeitou o resultado da eleição e a posse [de Lula] aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia." |