Eleições indiretas ao governo do DF têm 10 chapas inscritas
Como era previsto, os partidos deixaram para última hora para fazer as inscrições para candidatos a governador e vice ao “mandato-tampão” de oito meses no governo do Distrito Federal. O prazo para a oficialização das candidaturas acabou às 18h desta quarta-feira (7) na Câmara Legislativa e contou com 10 inscrições.
O PT terá candidato próprio. Decidido em votação em reunião nesta tarde na Executiva da legenda, o escolhido foi o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília), Antonio Ibañez, e como vice, Cícero Rola. Confirmando o que se esperava, o PR oficializou a indicação do governador interino Wilson Lima, e também de Jucivaldo Salazar para vice.
A surpresa foi o recuo do DEM, que no dia anterior, havia anunciado que indicaria o ex-deputado Osório Adriano para governador, mas optou por não registrar candidatos pela legenda. O PSDB, que não fechou acordo com o DEM, também não terá candidato próprio.
Após reuniões com integrantes da Regional e da Nacional do partido, o DEM definiu que é melhor fortalecer o partido para lançar candidato próprio para as eleições diretas de outubro. “Se tivessem mais tempo, teriam conseguido articular mais apoio e uma indicação de outro partido para a composição do vice”, afirmou o novo presidente regional do DEM, senador Adelmir Santana, por meio de sua assessoria.
O DEM foi o partido que mais sofreu com os escândalos de corrupção que resultaram na prisão do ex-governador preso José Roberto Arruda e com o ex-vice-governador, que renunciou, Paulo Octavio - antigo presidente regional da legenda. O esquema de pagamento de propina a servidores e prestadores de serviço do governo do DF ficou conhecido como "mensalão do DEM".
O PV, primeiro a ser inscrever, concorrerá com Nilton Reis para governador e Deborah Achcar para vice. O PSL e o PTN apresentaram juntos os nomes de Newton Lins Teixeira de Carvalho e Paulo Fernando Santos de Vasconcelos para governador e vice.
O PCdoB indicou José Messias de Souza para governador e Olgamir Amancia Ferreira para vice. O PSDC inscreveu os nomes de Virgílio Macedo para governador e Waldenor Paraense para vice. O advogado Luiz Filipe Ribeiro Coelho (governador) e João Esteio Bezerra (vice) foi a chapa escolhida pelo PTB.
O PRB apostou em Aguinaldo Silva de Oliveira e Roberto Wagner Monteiro para governador e vice, respectivamente. As indicações do PRTB são José Carlos Pereira e Simone Ribeiro Nunes. Já o PMDB oficializou os nomes do ex- administrador da cidade –satélite de Ceilândia, Rogério Rosso para governador e da deputada distrital suplente Idelise Longhi.
“O PDT não vai lançar candidato e vou me abster na votação. Nós teríamos que fazer um saneamento geral, e estou vendo que isso não foi colocado. Coloquei um conjunto de três propostas e nenhum candidato se comprometer em assumir estes compromissos”, justificou o deputado distrital pedetista Reguffe.
O deputado sugeriu que os novos membros escolhidos do Executivo reduzissem em pelo menos 50% o número de funcionários comissionados (hoje são 15.553), instituíssem o pregão eletrônico para todas as compras governo do Distrito Federal e publicassem todos os gastos do governo na internet. "O governo hoje parece que existe para perpetuação das máquinas políticas e não para devolver serviços públicos de qualidade para o contribuinte", afirma Reguffe.
As eleições indiretas, votadas por 23 deputados distritais, estão marcadas para 17 de abril, às 17h30 no plenário da Casa Legislativa. Os votos serão abertos e nominais.
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