Transformar Haiti em exemplo de superação é tarefa de Dilma na área diplomática, diz Celso Amorim
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira (5), no Palácio do Itamaraty, que caberá à presidente eleita Dilma Rousseff dar continuidade à ajuda humanitária de reconstrução do Haiti, após o terremoto que devastou aquele país em janeiro deste ano.
“A tarefa da nova presidente é ajudar o próprio Haiti a ser não um exemplo de pobreza, mas num exemplo de transformação”, defendeu o chanceler durante a formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco, em Brasília.
Amorim destacou também que a atuação brasileira no Haiti não teve como objetivo de ganhar reconhecimento internacional para demonstrar o tamanho da possibilidade de ação brasileira no campo da política internacional e assim, conquistar um assento permanente como membro do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
“Ao contrário do que muitos disseram, não ajudamos o Haiti para garantir uma vaga no conselho de segurança da ONU”, declarou.
Em seu possível último discurso no posto, o ministro fez questão de ressaltar a posição “altiva e ativa” da gestão do governo Lula em relação aos demais países. “Não tivemos medo da nossa sombra. Tomamos atitude que achamos certa”, disse.
O chanceler observou ainda que houve aumento de mulheres, negros e pessoas de origem “mais modesta” entre os diplomatas recém-formados da cerimônia, com origem em diferentes regiões do país.
Para encerrar sua fala, Amorim utilizou as palavras do cantor e compositor Chico Buarque para se referir à atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “admiro o governo Lula porque ele fala com todos de igual para igual: não fala fino com os fortes e não fala grosso com os ricos”.
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