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PMDB confirma Sarney para presidência do Senado e Renan Calheiros para liderança

Camila Campanerut<BR>Do UOL Notícias<BR>Em Brasília

31/01/2011 19h28

Dono da maior bancada do Senado –com 19 parlamentares –, o PMDB confirmou em reunião com seus senadores que irão manter o atual presidente da Casa, José Sarney (AP), como candidato para manter-se no cargo e ainda renovou a aposta em Renan Calheiros para atuar novamente como líder dos peemedebistas no Senado.

Calheiros afirmou que o PMDB sabe dos compromissos que tem com o país e da responsabilidade que terá no Congresso Nacional para liderar as ações relativas às reformas políticas e tributárias, que serão prioridades desta nova legislatura.

Segundo Calheiros, pelo critério de proporcionalidade, o PMDB tem direito a três cargos na Mesa Diretora e a presidência de três das 11comissões permanentes, mas não foram anunciados os indicados do partido para as comissões.

“Não há convergência sobre a formação das comissões, em 15 dias, 10 dias [devem ser definidos]. Não vamos tratar disso agora. Deixaremos para uma segunda etapa”, justificou.

Presidência do Senado 

De acordo com Sarney, o fato de ter aceitado o convite para a presidência é uma resposta ao “consenso” entre os senadores de que é ele quem deveria continuar no comando da Casa.

“Pela unidade do partido e o consenso da Casa dos outros partidos também, nesse sentido, não me restava [outra opção] a não ser aceitar e prestar mais esse serviço ao Senado e ao país", afirmou mais cedo.

O peemedebista, no entanto, não estará sozinho na eleição que acontece amanhã (1º) após a posse dos parlamentares. O PSOL lançou nesta tarde o senador Randolfe Rodrigues, eleito pelo Estado do Amapá para concorrer com Sarney.

O mais jovem senador eleito do país, sendo o mais votado nas eleições de 2010 no Amapá –com 203.259 votos –, Rodrigues argumenta que o Congresso Nacional precisa dar espaço para ideias novas.

"A ideia da candidatura é apresentar alternativas. Diz Nelson Rodrigues que toda unanimidade é burra, ainda mais em um espaço como o Parlamento nacional. A Câmara Federal, o Senado da República, este é o espaço da diversidade. (...) O Senado tem que ser uma casa do debate, da diversidade, da pluralidade. E sendo assim, não pode ser espaço de unanimidades e de monólogos", afirmou.