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Relator recomenda absolvição de Jaqueline Roriz em denúncia sobre recebimento de propina

Do UOL Notícias*<br>Em São Paulo

08/06/2011 16h16Atualizada em 08/06/2011 19h05

O relator do caso Jaqueline Roriz na Câmara Federal, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), recomendou na tarde desta quarta-feira (8) a absolvição da parlamentar em relação à denúncia de recebimento de propina quando era deputada distrital, em 2008. O relatório do tucano está sendo lido em reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

De acordo com Sampaio, não ficou provado que Jaqueline recebeu propina para aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) do Distrito Federal, em 2008.

O relator ainda pode recomendar a perda de mandato ou a absolvição da deputada em relação a outras denúncias. Uma delas é de participação no esquema conhecido como mensalão do DEM. Jaqueline foi filmada, em 2006, recebendo dinheiro de Durval Barbosa, operador do esquema.

A deputada também é acusada de usar a verba indenizatória da Câmara para pagar despesas de um imóvel de propriedade de seu marido.

A reunião ocorre no Plenário 13.

Entenda o caso

Jaqueline Roriz é a primeira pessoa do chamado "grupo de Roriz" a aparecer nos vídeos gravados por Durval Barbosa. Ela é filha do ex-governador do Distrito Federal, por quatro vezes, Joaquim Roriz.

Barbosa recebeu o benefício da delação premiada em troca de ajuda nas investigações da Operação da Polícia Federal, batizada de Caixa de Pandora. No vídeo, ele entrega R$ 50 mil à deputada, que está acompanhada do marido Manoel Neto, que guarda o dinheiro. Em depoimentos, Barbosa declarou que houve outros encontros além do que foi gravado.

Em nota, a deputada afirmou que o vídeo foi gravado em 2006, quando Jaqueline era candidata a deputada distrital ainda pelo PSDB e confirmou que houve “caixa 2” em sua campanha eleitoral. “Durante a campanha eleitoral de 2006 estive algumas vezes no escritório do senhor Durval Barbosa, a pedido dele, para receber recursos financeiros para a campanha distrital, que não foram devidamente contabilizados na prestação de contas da campanha”, dizia o texto do comunicado.

Além do Conselho de Ética, a corregedoria da Câmara dos Deputados também analisou o caso. O parecer do corregedor, Eduardo da Fonte (PP-PE), foi aprovado por unanimidade pela Mesa Diretora da Casa, no último dia 5 de maio, e aprovou o pedido de cassação do mandato da deputada por quebra de decoro parlamentar.

O STF (Supremo Tribunal Federal) também autorizou a abertura de inquérito contra a parlamentar e o ministro Joaquim Barbosa é o relator do caso.

* Com informações da Agência Câmara