Ministro da Agricultura reitera inocência
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, voltou a negar nesta quarta-feira (3) que tenha oferecido propina em troca do silêncio do ex-dirigente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Oscar Jucá Neto, que fez denúncias de irregularidades na pasta à revista “Veja”.
“Tendo pego ele numa situação irregular grave e tendo que demiti-lo, aí, ele inventou um cenário. Falou que eu tinha proposto isso a ele [Oscar Jucá Neto]. Posso dizer com a maior tranquilidade: estes diálogos não existiram. Foram absolutamente inventados”, resumiu o ministro.
Rossi falou na comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados por iniciativa do próprio ministro que se colocou “à disposição” para prestar esclarecimentos sobre a suspeita de corrupção levantada, antes de receber o convite ou a convocação dos parlamentares
Oscar Jucá Neto é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e foi afastado do cargo na última semana após ter seu nome envolvido na liberação de um pagamento irregular de R$ 8 milhões à empresa Renascença, que está em nome de um laranja.
Durante a audiência, o clima entre a oposição e governo foi tranquilo. A única provocação sem resposta foi a do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que disse que o modelo de diálogo entre ministros e o Congresso só pode ocorrer quando não “há o que esconder”.
“[Antonio] Palocci não pode fazer o mesmo”, afirmou Lorenzoni em referência ao ex-ministro-chefe da Casa Civil, que saiu do cargo após denúncias de suposto enriquecimento ilícito e tráfico de influência.
Já o PMDB e o PTB, legendas da base governistas com forte influência no ministério, não foram alvo dos ataques da oposição.
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