Cassação de Jaqueline Roriz servirá para defender a Câmara, diz relator
Apesar de a ilegalidade ter sido cometida antes do mandato parlamentar, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) deve ser cassada nesta terça-feira (30) para que a Câmara demonstre que pode reagir a malfeitos dos seus membros. É essa a avaliação de Carlos Sampaio (PSDB-SP), autor do relatório no Conselho de Ética que recomenda a pena contra a colega e filha do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz.
“Para se defender, a Câmara precisa dar essa demonstração. Se as imagens de 2006 tivessem sido vistas antes da eleição, ela não teria sido eleita”, afirmou o tucano. “O momento em que o Parlamento teve sua imagem ofendida foi quando o vídeo veio a público. Não importa que ela tenha cometido isso em 2006. Ela prejudicou a imagem do Parlamento agora.”
Em um vídeo divulgado por Durval Barbosa, ex-secretário do governo do DF e pivô do escândalo de corrupção que derrubou o governador José Roberto Arruda, Jaqueline aparece recebendo dinheiro. Na defesa que ela apresentará aos colegas nesta tarde, esse momento não será sequer mencionado, segundo o advogado Eduardo Alckmin.
A parlamentar e seu pai, o ex-governador Joaquim Roriz, passaram os últimos dias telefonando para aliados em busca de suporte para evitar a cassação. Se ela perdesse seus direitos políticos, não disputaria eleições até 2022 – oito anos a partir da próxima votação, em 2014. Ela nega qualquer irregularidade na ação e falará aos colegas da tribuna pela primeira vez nesta tarde, por cerca de 25 minutos.
A deputada entrou na mira dos colegas em março, quando Barbosa, ex-aliado de Roriz, divulgou o vídeo em que ela recebe maços de dinheiro – ela teria pegado até R$ 100 mil, segundo o ex-secretário. Jaqueline evitou ir ao trabalho, e, semanas depois, alegou problemas médicos para pedir licença. O suplente da deputada é o ex-policial Laerte Bessa, do PSC – mesma legenda que abriga o ex-governador e pai da deputada.
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