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Apesar de união com PT, PMDB vislumbra candidatura própria à presidência em 2014

Camila Campanerut

Do UOL Notícias <br> Em Brasília

15/09/2011 18h21

O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), declarou nesta quinta-feira (15) que, mesmo com a forte parceria com o governo petista, a legenda trabalha para continuar sendo o maior partido do país, o que incluiria também ter candidato próprio para presidente em 2014.
 
“A aliança hoje é sólida, mas todo o partido tem que estar preparado [porque] daqui a três anos ninguém sabe o que pode acontecer. Então, vamos estar preparados com muita força para as eleições de 2012, esperando chegar 2014”, afirmou o parlamentar.  
 
Raupp ocupa o posto na legenda pertencente ao vice-presidente Michel Temer - que se licenciou para assumir o cargo. O PMDB é o maior partido da base aliada governista. Desde meados da década de 1980, quando o Brasil se desvencilhou da ditadura e retomou a votação direta para seus representantes, a legenda tem se mantido ao lado dos governos vencedores, o que lhe rendeu a fama de "fisiologista".

O PMDB foi aliado dos tucanos nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso e também dos petistas, nos dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva e, agora, de Dilma Rousseff.
 
Cientes da força nas diferentes instâncias de poder na política nacional do PMDB, o fórum nacional teve como objetivo reforçar a potencialidade da legenda nas próximas eleições. “É isso que o PMDB está fazendo, reforçando-se em todo o Brasil para as eleições de 2012 e não perdendo o foco também em 2014, apostando forte em governadores, senadores, deputados federais e estaduais e, se possível, a candidatura à Presidência da República”, afirmou Raupp.
 
Mais cedo, o peemedebista comemorou a melhor relação com a presidente petista e avaliou que a ida dela ao evento é símbolo da união dos dois partidos.

Acusações de corrupção

A saída do peemedebista Pedro Novais do Ministério do Turismo nesta quarta-feira (14) é a quinta baixa em menos de nove meses de governo da presidente Dilma Rousseff, e o segundo nome de um partido aliado, o PMDB, envolvido em escândalos de corrupção.

Além de Novais, já deixaram o governo diante de suspeitas de corrupção o peemedebista Wagner Rossi, da Agricultura,  Antonio Palocci (PT), da Casa Civil, Alfredo Nascimento (PR), dos Transportes, e Nelson Jobim (PMDB), da Defesa --que deixou a pasta após declarações públicas que desgastaram a relação dele com o PT.