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Dilma chama presidente do PCdoB ao Palácio do Planalto depois de decisão do STF

Da Agência Brasil

Em Brasília

25/10/2011 19h14

O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, foi chamado ao Palácio do Planalto nesta tarde para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. Do encontro também participaram os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil.

O tema do encontro não foi divulgado, mas o chamado da presidente ocorreu após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de iniciar investigação sobre os convênios do Ministério do Esporte firmados com organizações não governamentais. Esses convênios são alvo de denúncias envolvendo o programa Segundo Tempo que tem por objetivo estimular a prática de esportes entre jovens.

O STF deu dez dias para que o Ministério dos Esportes apresente sua defesa. O ministro Orlando Silva não participa do encontro. Ele participou de uma audiência pública hoje, na Câmara dos Deputados, e que foi mantido no cargo pela presidente.

O ministro será investigado pelo STF por suspeita de prática de desvio de dinheiro. A ministra Cármen Lúcia aceitou ontem (24) o pedido de abertura de inquérito, feito na semana passada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas a decisão só foi divulgada hoje (25).

Há duas semanas, o policial militar João Dias acusou o ministro de participar de um esquema de desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo. A denúncia foi publicada pela revista Veja. Desde então, Orlando Silva vem negando participação no esquema, tendo prestado informações ao Congresso Nacional. Ele também pediu ao Ministério Público que o investigasse para garantir sua inocência.

O ex-ocupante da pasta e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, também é acusado de desviar dinheiro do programa. A ministra Cármen Lúcia determinou que o inquérito que já investiga Agnelo Queiroz no Superior Tribunal de Justiça (STJ) seja levado ao STF para que ela avalie se o processo deve correr em conjunto com o de Orlando Silva. De acordo com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, há uma “relação intensa” entre os casos.