Advogado de Demóstenes volta a falar em "massacre" e pede que Senado não casse o senador
Em sua fala na tribuna do Senado nesta quarta-feira (11), o advogado de defesa de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o senador é vítima de um “massacre” e afirmou ter confiança que o Senado não cassará o parlamentar, envolvido em escândalo de corrupção com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. "Vejam vossas excelências como é difícil enfrentar esse massacre que sofreu o senador", disse o defensor.
Acompanhe
"Quando ganharmos no Supremo, se houvesse aqui a cassação, seria necessário pensar: é ético cassar um senador eleito com mais de 2 milhões de votos com base em prova ilegal?", questionou Kakay em sua exposição. Ele referia-se aos grampos da Polícia Federal, que, segundo ele, foram obtidos de forma ilegal.
- 3529
- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2012/07/10/o-que-voce-acha-que-vai-acontecer-com-o-senador-demostenes-torres.js
Entenda o caso
O processo contra o parlamentar goiano é resultado de uma representação do PSOL analisada e aprovada por unanimidade no Conselho de Ética e que também ganhou o atestado de legalidade na CCJ. Entre as acusações que pesam contra ele (veja abaixo), estão ter recebido dinheiro e ter favorecido os interesses de Cachoeira enquanto exercia seu mandato como senador. Se for cassado, o ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos.
Para se defender, desde o dia 2 de julho, Demóstenes Torres tem falado na tribuna do plenário do Senado para expor seus argumentos, enfatizando sobretudo que o processo contra ele baseou-se em escutas ilegais, que os trechos de conversas grampeadas divulgadas foram “editadas” e que, ele não se beneficiou com a amizade com Cachoeira nem ajudou em projetos de interesse do bicheiro.
Na história do Senado, até hoje, apenas um senador teve o mandato cassado pelo plenário, Luiz Estêvão (PMDB-DF), em junho de 2000, por ter mentido aos colegas sobre seu envolvimento dele no escândalo de superfaturamento das obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
A última vez que os senadores votaram uma cassação em plenário foi em 2007, quando o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), foi liberado da acusação de quebra de decoro por ter utilizado recursos da construtora Mendes Júnior para pagar despesas pessoais, como aluguel e pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.
* Com informações de Camila Campanerut
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.